Luanda - No contexto atual em que nos encontramos ( na excessiva dependência das ferramentas digitais), um país como o nosso deve ter uma plataforma de publicidade digital autónoma e automática, um aplicativo semelhante ao Google Maps, e um aplicativo semelhante ao WhatsApp, com bandeira nacional.

Fonte: Club-k.net

Quem é estratega, ou percebe sobre matéria de segurança nacional, já percebeu isso! E, sabe que prevenir é melhor do que remediar…


Nem que for só para se precaver de situações hipotéticas, o nosso país deve ter; para não sentir os impactos dos prejuízos económicos e não só, que a paralisação ou a subida de preços nestes aplicativos podem causar…


Depender totalmente das ferramentas dos estrangeiros de uso corrente das pessoas singulares, empresas e instituições, que estejam intrinsecamente ligadas a economia, é imprudente!


As oscilações do preço e venda do petróleo tem nos demostrado isso. Eles mexem nos preços e na procura e oferta, os países dependentes dos recursos financeiros da venda deste produto para o seu orçamento, sentem o impacto; consequência, altera toda a vida económica e social.


O avanço quer tecnológico ou outro, no regime capitalista são facas de dois gumes, impedir o crescimento e desenvolvimento, ou não ajudar, é assumir o ónus, aumentar as taxas nestes serviços para inibir a solicitação dos mesmos no estrangeiro, por falta de alternativas locais, irá encarecer o produto e serviço; no final, o consumidor irá pagar caro. Consequência, haverá inflação.

 
A tecnologia é hoje o novo petróleo, pós ela é consumida por pessoas singulares, empresas e instituições, a toda hora, todos os momentos e todos os santos dias.
Espero que o nosso Estado não perceba tarde a importância destas ferramentas para a estabilidade económica do nosso país.


Estás ferramentas hoje movem a economia de países. Elas apresentam-se como se fossem ferramentas de brinquedo, diversão ( redes sociais) e de pesquisa.
Para além da diversão, comunicação e pesquisa, há aí, uma movimentação económica global, que é feita de forma instantânea, sem limites nem controles. A partir de um smartphone tablete ou computador é possível realizar várias transações internacionais…


Hoje para afectar a economia de um determinado país, basta apenas um clique, e fica tudo off-line.


Repito, devido a necessidade de uso quotidiano, o efeito é semelhante aos efeitos que provoca a falta dos derivados do petróleo, isso quando não se tem refinarias que atendem as necessidades de consumo.


Um país deve ter as suas plataformas digitais ( refinarias), com bandeira nacional, nem que for só para se precaver…


Se hoje tivéssemos as refinarias, não sentiríamos tanto os impactos das oscilações do preço, procura e oferta, muitos menos estaríamos a gastar dinheiro (2023 1,17 mil milhões de dólares) para importar o petróleo refinado.


Por conta da subvenção aos preços do líquido precioso, o ónus ficou com o Estado. Por conta do hábito e planificação das famílias, retirar a subvenção acarretará outras consequências.


Não é sobre o líquido preciso chamado petróleo, que nos faz gastar tanto dinheiro na importação, mas sobre a necessidade de consumo das pessoas, empresas e instituições, como tem acontecido em outros produtos e serviços essenciais, que hoje sem eles quase nada funciona.


É preciso ficarmos atentos sobre o que a população, empresas e instituições estão a usar com frequência que acaba ser indispensável no contexto atual, para não sermos surpreendidos como aconteceu na subvenção aos derivados do petróleo, produtos alimentares e não só ! Na verdade já convivemos com os prejuízos no digital, sem um plano de mitigação.


Os que têm os planos e ferramentas não são tidos nem achados. Se for do interesse do Estado, para não ficar com o ónus, pode se fazer alguma coisa a partir de hoje.
Tal como ontem, em vez de se fazer as refinarias, as pessoas preferem fazer as bombas de combustíveis que é mais fácil, para serem consumidores. Um consumidor vive na dependência do produtor.


Hoje , estamos a fazer as refinarias, mas isso leva tempo e requer dinheiro, que não é pouco.


Não deixemos que a situação se repita nas ferramentas digitais. Precisamos apoiar quem tem entendimento e fez plataforma (refinaria). Não confundamos plataforma ( refinaria) com páginas e websites que representam as bombas de combustíveis. Em que muitas delas, as mais famosas talvez, estão dentro das refinarias ( plataformas) estrangeiras.

Luanda aos 13 de Fevereiro de 2024