Luanda - Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou recentemente que o “Garganta Funda” Gelson Emanuel Quintas "Man Genas" vai ser julgado por calúnia ao Estado angolano.

Fonte: Club-k.net


Como é que é!? Alto, pára o baile! Rezam as Sagradas Escrituras que não se deve apelar em vão ao nome do filho de José, o carpinteiro. Sim; não é por ele ter sido concebido sem pecado que se deva invocar a sua graça por dá cá aquela palha. Por tudo e por nada.


O mesmo é aplicável a um Estado. Não se deve invocar o nome do Estado angolano em vão. Sobretudo quando se trata de satisfazer as “lascívias políticas” de marginais e pistoleiros entrincheirados no aparelho do Estado, escudados no título de servidores públicos. O Presidente da República tem dar um murro na mesa e colocar um basta à “cazucuta” e bandalha que se assistem hoje nas instituições do Estado angolano. Aliás, elas nunca estiveram tão vulgarizadas como agora.


Sigamos. Compulsados os vídeos e áudios da autoria de Gelson Emanuel Quintas “Man Genas” à disposição de todos na blogosfera, vê-se que o mesmo aponta clara e inequivocamente nomes de cidadãos (sem honra, sem traquejo social, sem perfil e competência) ao serviço de instituições do Estado angolano alegadamente envolvidos no tráfico de drogas.


Os nomes apontados nunca foram alvo da instauração de um inquérito ou de uma investigação exaustiva de quem de direito. Pelo contrário.

Sempre mereceram e continuam a merecer o mais alto patrocínio do Executivo. Mesmo diante de graves denúncias ora feitas publicamente. São pessoas conhecidas. E estão aí, impunes. São homens fortes que trabalham para instituições fracas. Contam com o faccioso e tácito apoio do Presidente da República.


O julgamento de que Gelson Emanuel Quintas “Man Genas” poderá ser alvo nos próximos dias visa o seguinte: 1) atirar areia para os olhos dos cidadãos; 2) confundir a opinião pública; 3) infundir medo entre todos aqueles que ousarem denunciar o crime organizado em Angola e os seus agentes.


O julgamento de Man Genas não passará de um caso político que confirma que o crime organizado chegou para ficar e já está bem aninhado no aparelho do Estado angolano. Todavia, aguardemos pelo desfecho do julgamento de um caso em que o acusador passou a acusado. Um episódio em que os censores do visado contam com os meios do Estado para condenar um cidadão que se arrependeu dos seus “pecados” e entendeu botar a boca no trombone. O “Garganta Funda” angolano (Man Genas) vai ser vítima do “novo brinquedo” da autocracia: o crime de ultraje contra o Estado!