Luanda - RNA - Muito boa tarde, Senhor Presidente. Acompanhámos a inauguração deste Hospital Militar Principal Instituto Superior, exactamente num dia em que comemoramos a paz. Que mensagem é que o Senhor Presidente quer transmitir, com a inauguração desta infra-estrutura num dia tão especial para os angolanos?

Fonte: PR

■ PR : A escolha da data não foi por acaso. Esta unidade hospitalar está a ser inaugurada no Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, para a qual, sem sombra de dúvida, as Forças Armadas deram o maior contributo.


Os angolanos, de uma forma geral, lutaram para o alcance da paz, mas se quisermos ser justos, temos que, entre os angolanos no geral, destacar os militares, destacar as Forças Armadas, pelo contributo que deram à paz.


A mensagem que quisemos dar, ao fazer coincidir esta inauguração com esta data, é que as Forças Armadas merecem esta infra-estrutura e muito mais. Trabalharam até aqui em condições precárias. Quem conheceu este hospital militar e quem o vê hoje, mesmo ainda não concluído, temos um saldo bastante significativo.


Acreditamos que lá para o final do próximo ano teremos a segunda fase concluída, teremos um Hospital Militar Principal Instituto Superior à altura do prestígio que as nossas Forças Armadas granjearam ao longo dos anos.


TPA - Senhor Presidente, a minha pergunta em parte foi respondida já mas, ainda assim, volto a colocá-la. Tem a ver com o facto de ser inaugurado hoje esta primeira fase. Sobre a segunda fase, já há recursos financeiros disponíveis para se começar com a sua construção?

■ PR : Caso não houvesse recursos financeiros, nós nem sequer falaríamos dela. Estamos a falar de uma segunda fase, com provável data de entrega e tudo, porque temos assegurados os recursos necessários para que esta segunda fase seja executada.


REDE GIRASSOL - Em tempos, o Senhor Presidente disse que ainda que não houvesse dinheiro para outros sectores, haveria sempre para o sector da Saúde. Passado este tempo, volto a questionar o Senhor Presidente: mantém a mesma convicção? Sempre haverá dinheiro disponível para o sector da Saúde?


■ PR: Quando não houver, vamos arranjá-lo. O dinheiro pode não estar disponível nos cofres das Finanças, mas vamos arranjá-lo. É uma luta permanente conseguir receitas e orçamento para a execução dos projectos que nós consideramos importantes.

O sector da Saúde sim, vai continuar a conhecer novas unidades de todos os níveis, desde o primário ao terciário. E quando digo no sector da Saúde, estou a falar no geral, não apenas, digamos, da parte civil, ou da parte militar.

Da parte militar, para além desta unidade hospitalar, que é a principal, estamos a construir quatro hospitais regionais, que creio ficarem prontos, se não estou em erro, ainda no próximo ano, por ocasião dos 50 anos da nossa Independência. Temos em carteira também a construção do novo hospital militar, ali na chamada zona dos Quartéis, no Grafanil, próximo do Grafanil, obra que não iniciou ainda, mas em princípio está programada.


Portanto, queremos dar, digamos, uma viragem, fazer uma viragem importante, naquilo que diz respeito à assistência médica e medicamentosa para os nossos militares e seus familiares, à nossa Polícia Nacional, que também beneficia dessas unidades das Forças Armadas, uma vez que não existe, nem há, por enquanto, a intenção de se construir nenhum hospital para a Polícia Nacional.


Portanto, recursos para melhorar o estado do nosso Sistema de Saúde vamos arranjar.

Na parte civil, ainda este mês, vamos inaugurar o novo Hospital Geral de Viana.


Este ano - não sei ainda quando, mas será este ano -, será inaugurado igualmente o Hospital Geral de Cacuaco, Hospital Geral do Sumbe, Hospital Geral de Ndalatando, Hospital Geral de Ondjiva, no Cunene.


Portanto, como vê, para a Saúde toda atenção é pouca e colocaremos os recursos que forem necessários para reduzir, digamos, o défice que temos ainda em unidades hospitalares.


Colocaremos a nossa atenção também para a necessidade de formação de quadros e contratação dos quadros que vão trabalhar nessas unidades. Este processo é contínuo.