Luanda - Militantes da FNLA, afectos a Ngola Kabango, consideram sem representatividade o congresso convocado para de 4 à 7 de Julho, por Lucas Ngonda, numa disputa que se arrasta há anos e acirrada desde a morte do líder históricodo partido, Holden Roberto, em 2006.

Fonte: Angop

Enviados de Ngonda as províncias foram espancados pelas bases

ImageEm declarações à Angop, defenderam que só Ngola Kabangu e sua direcção têm legitimidade para convocar um encontro magno de tal dimensão, entretanto, já anunciado para Novembro de 2011.

 

Tal posição contraria o acórdão nº 110 do Tribunal Constitucional, no qual o órgão judicial orienta a solução do diferendo interno a luz da resolução do conclave de 2004.

 
Na ocasião, os delegados indicaram Lucas Ngonda e Ngola Kabango, respectivamente, primeiro e segundo vice-presidentes de Holden Roberto, que, ao cabo de dez meses, deveria convocar um congresso extraordinário para eleição de nova direcção.

 

A resolução não chegou a ser materializada e, irredutíveis, as alas mantêm-se desavindas, apesar das várias demarches para a reconciliação, encetadas por individualidades singulares e, ou, organizações da sociedade civil. 

 
O secretário-geral da organização juvenil desta formação política, Daniel Afonso, deplorou o que considera injusta penalização do Tribunal Constitucional, assegurando que as estruturas províncias continuam firmes e fiéis a liderança de Kabango, enquanto Lucas Ngonda não tem o apoio das bases.

 

Para elucidar, revelou que enviados de Ngonda ao Uíge, Zaire e Bié, em Março último, para tentar convencer os militantes a aderir à direcção do primeiro vice-presidente, foram mal recebidos, tendo mesmo sido espancados e escorraçados

 

“Sendo a FNLA um dos três históricos partidos da luta armada de libertação nacional, a questão deve ser vista com responsabilidade e não de ânimo leve, como parece”, rematou.