Luanda - Para esta edição da analise literária, trazemos uma das vozes mais autorizadas do ensino e da critica literária africana, da Universidade de Coimbra em Portugal, como habitualmente faz apreciações muito próprias e é um verdadeira pedagogo neste domínio, trata-se do professor Pires Laranjeira, nesta conversa aborda, o estado a nossa literatura, da critica literária, do ensino das literaturas da varias Faculdades de Letras do pais, fala também da produção literária do finado Óscar Ribas, e apresenta também a sua virtude de razão em torno da polémica trazida a baila a dois anos atrás em relação ao pronunciamento de José Eduardo Agualusa, sobre os poetas que aquele autor considerava de medíocre.    

 


S.A – Qual é em seu entendimento enquanto estudioso, o estado da literatura angolana?


P.L – A literatura angolana, é uma literatura como a de qualquer outro país, tem seus escritores de variados géneros, de variados estilos, inclusive estilos particulares, pessoais, muito pessoalíssimos, com temáticas universais e a temporais ou de todos os tempos, como o amor a morte, a luta pela sobrevivência, assuntos como os ligados ao anti- poder, ou a critica do poder político ou versando o próprio interior desse poder político, a critica social, e dos costumes e dos usos etc, etc. E por outro lado, também uma literatura em que há novas gerações novos nomes, os clássicos os mais antigos os veteranos os mas velhos continuam a publicar. Portanto, como eu digo é uma literatura como outra de qualquer outro país no mundo, e tem os seus leitores as suas edições, as suas editoras. Embora, tem também os seus estudos literários, com o começo do revigorar da universidade… mais ainda falta uma comunidade mas alargada de leitores, o hoje aqui ainda se discutia também, está ligada a recepção desta literatura, tem algumas dificuldades depois também porque os livros são caros, não chegam uma maioria mais alargada, não? É difícil comprar livros, os jovens mas também os adultos não têm praticas de leituras continuadas, isto é ler habitualmente, não há boas bibliotecas. Portanto, a literatura sendo um sistema já, forte adulto desenvolvido ainda tem estas carências relacionadas com p povo em geral que não tem grande acesso a literatura.

 

S.A- Havia nos anos 80, altura em que houve um crescimento muito grande na produção literária, como foi o caso da União dos Escritores Angolanos que jogou um papel pioneiro neste domínio, a Brigada jovem de Literatura Angolana, que jogou um papel preponderante no resgate do hábito pela leitura, e hoje grande parte dos escritores seniores, é oriunda das Brigadas, o quadro actual é um bocado deferente do quadro do passado, ou nem por isso?

 

P.L- Sim, como disse e eu concordo, o quadro é diferente, o que não quer dizer, que agora não vão surgir penso eu, jovens a escreverem e a querer publicar, eu penso que o quadro sendo diferente, resumindo talvez a sua ideia que está ai subjacente, não sei se sim ou se não, mas eu penso que se está a referir ao facto desta geração brigadista ter chegado até a um poder social, politico,  económico e simbólico, que são de facto escritores Ministros e Vice Ministros, deputados, ou seja pessoas que estão nas estruturas da influência politica, social, cultural e portanto, também simbólica, mas eu penso que a renovação faz-se sempre, tal como na cultura ou no futebol, novos praticantes vão surgir, e penso que já estão a surgir, provavelmente, hipoteticamente, até aqui nesta salas dos congressos estejam já pessoas que estão a começar a publicar ou até que vão começar a publicar.

 

S.A- Há um outro barómetro que iniludível, quando se fala de literatura, que é a critica, nós continuamos com um exercício de alguma forma doentio, quando se fala da critica literária, o que tem a dizer sobre isto?

 

P.L- Eu tenho que ser honesto e dizer, que não acompanho regulamente a critica que se faz aqui em Angola, sei que há alguns críticos como o Emanuel Muanza, e outros que vão escrevendo com alguma regularidade sobre livros, há outros como é evidente, mas penso que com a Universidade, o desenvolvimento dos estudos literários, com a formação de novos professores na Universidade e os professores do Ensino Médio, que por alguma razão virão a escrever, sobre literatura esta critica vai acabar por surgir, eu penso que não há, embora, o meu conhecimento não seja profundo aquilo que eu conheço não há uma critica…, eu diria ampla, sustentada e com muitos elementos não há, de facto não há, até porque alguns dos elementos que poderiam eventualmente fazer a critica literária, é como lhe digo, estão em lugares de preponderância de relevo na vida social, politica, e universitária e institucional digamos assim, são deputados ou são Ministros ou vice Ministros, ou são professores alguns deles até no exterior. Portanto, que não exercem esta critica jornalística, em revistas talvez haja por vezes falta penso eu de um conjunto de pessoas que tenham como função debater, escrever sobre os livros, e até do ponto de vista jornalístico, porque acabam por ser sempre mais ou menos as mesmas pessoas, que são muitas vezes até escritores professores universitários e que fazem uma ou outra critica de vez enquanto, mas esta critica sistemática não há, mais é um problema também um pouco semelhante em outros países inclusive, também é um problema que se passa na Europa, em que a critica jornalística hoje, já não existe muito, se, se está a referir a critica jornalística, ela não existe muito, as vezes a critica jornalística está ao serviço apenas da divulgação, vamos dizer, é mas divulgadora do que uma critica, uma apreciadora.

 

S.A- Este não foi um dos aspectos que presidiram a realização do seminário realizado pela Brigada jovem de Literatura Angolana, em 2005, com a participação de jovens ligados a literatura e com jornalistas culturais e a literatura professor?

 

P.L- pergunta-me a importância daquele seminário? Repare bem, qualquer seminário, qualquer colóquio internacional, e a gente vê aqui neste seminário sobre Óscar Ribas, são todas actividades é necessário. Alias, isto tem que se multiplicar, é uma obrigação da sociedade e da classe digamos assim, para usar uma velha classificação, da classe intelectual, aumentar, reproduzir e produzir novos eventos. Porque, só com a discussão e só com estes encontros, e o tratamento dos temas e das obras dos autores, com varias perspectivas e com um debate alargado, com vários intervenientes, como foi o caso deste seminário sobre o Óscar Ribas, com pessoas vindas de outros países, que têm outras maneiras de ver, isto é sempre muito importante. Então, eu diria, mas eu volto a sublinhar uma coisa que me parece muito importante, Angola precisava de facto do desenvolvimento da Faculdade de Letras, isto é que permite formar um grupo sistemático, com uma formação de muitos anos, com mestrados com doutoramentos e. Portanto, estas pessoas como pesquisadores, como bolseiros jovens estudantes e depois mestres etc, que vão fazer a investigação profunda, sistemática e continuada ao longo de vidas e de carreiras e isto dão uma maior sustentabilidade ao fenómeno literário.

 

S.A- Falando da figura central deste colóquio, que é o Óscar Ribas, que leitura faz das obras produzidas pelo homenageado deste colóquio?

 

P.L- Como aqui foi já notaria e amplamente referenciada, por vadiíssimas pessoas de vários tipos de formação e de proveniência, o Óscar Ribas, é uma figura central na literatura angolana, eu não tenho qualquer duvidas sobre isto, alem disso ainda se acrescenta, que é talvez até se formos ver, a maior qualidade dele que é o de pesquisador, da cultura castiça, ou da cultura popular, da cultura tradicional, ancestral, antiga que o povo praticava e ainda pratica, e a minha comunicação aqui fala disso, que é o povo pratica a cultura sem pensar muito que esta fazer cultura, ou para servir a outros grupos, étnicos ou determinados nichos da população, a população pratica esta cultura, fala naturalmente na sua vida quotidiana, os intelectuais, os eruditos apropriam-se desta cultura e depois absorvem-na, teorizam sobre ela, e põem – na de as camadas mas amplas que ultrapassam a etnia e o circunstancialismo com tal, o que se está aqui  a passar neste evento, é exactamente isto, é um grande contributo para esta operação de inteligência e de cultura, mas também de politica que é tornar o Óscar Ribas, até com a reedição das suas obras completas, torna-lo numa figura Nacional, que já é, mas torna-la mais Nacional, para que o povo angolano na sua totalidade, sem reservas o assuma como uma figura central da Angolanidade.

 

S.A- Alguns estudiosos vão de quando em vez sublinhando, era o facto de nalgumas obras de Óscar Ribas, se verificar nas suas dedicatórias um certo favorecimento ao regime colonial, apesar de a ver um outro pendor em termos de conteúdo, que leitura faz desta abordagem?

 

É! Não, sim é quer dizer, estas dedicatórias existem mesmo nas obras de recolhas etnográficas de uma segunda e terceira fase, que ele de facto é um angolano consciente, e com uma grande convicção etc. Sobretudo as criticas que se fazem mais e que eu próprio também faço, e sou as vezes um pouco contundente, um pouco contundente mas não tendo talvez razão, é que ele enquanto jovem muito jovem, entre os 18 e os 22 anos, ou mais até, na sua fase de formação, ele é nitidamente um intelectual pró lusitano, desvanecido com a era dos descobrimentos, com o Camões, porque de facto aprendeu na escola é obvio, com o poeta do século XIX, é o Tomais Ribeiro, português, que é o expoente do conservadorismo português, e os dois primeiros livros de ficção de narrativa dele, são livros que têm muito pouco que ver com angolanidade, ou nada, absolutamente nada, um deles até à acção se passa em Portugal, porque ele de facto foi a Portugal e foi a tratamento com pai, varias vezes, acompanhando o pai, ele era muito jovem, catorze anos quando foi a primeira vez a Portugal.

 

Portanto, a portugalidade, atravessa as duas primeiras obras, de uma maneira clara, e depois ele teve mesmo já com uma cônscia critica e intelectual desenvolvida, usando um metáfora “ teve algumas recaídas digamos assim colónias” porque teve a carência maior ele tenha sido puramente conceptual, quer dizer não terá pensado muitas vezes que estava usar certas expressões, como sei lá, raça atrasada, ou cultura inferior, alguma coisa assim deste género, ele não terá pensado o suficiente para evitar estas expressões, mas são frutos da época, da emersão que ele tinha no estilo que podemos dizer, no estilo da época, influenciado por vezes pela ideologia ou pelas marcas ou pelo resvalar de uma linguagem com algum peso colonial, por um lado, por outro lado, e é muito interessante isto que eu vou dizer e que outros disseram, não sou eu o único a dizer, que ele terá usado estratégias de dedicar nas suas obras figuras colonial, e nas dedicatórias, até ser elogiosas, mas depois o discurso ser contraditório, isto é contradizer estes elogios, quer dizer como táctica consciente, lúcida de as coisas passarem e ter aceitação no meio colonial, mas indo ao longo dos tempos a publicar os textos e conseguir divulga-los e vende-los, fez com que circulassem e fez com que ele fosse premiado com condecorações, e o que tem sido aqui passado neste colóquio, é que isto correspondeu a uma estratégia lúcida dele, mesmo assim, eu penso que por vezes terá havido uma ou outra cedência exagerada, penso eu, por outro lado, eu penso que isto também dependeu da formação dele, não era homem de rotura, não era homem que se posse meter em acções revolucionarias, até pela simples razão, ele tinha algumas, sendo invisual tinhas algumas dificuldades e, era uma pessoa muito apegada a família, embora fosse simpático e desse boas gargalhada terá sido, penso eu, mas posso estar errado, uma pessoa muito introvertida, muito trabalhadora, muito metida nas suas actividades e muito dependente dos outros como é obvio. Portanto, terá tido a visão dele seria mais uma visão de bonomia, de gentileza, para com as coisas, portanto, afrontar um regime colonial de caras, pegar o touro pela frente não era bem o género de Óscar Ribas, isto depois foram os Nacionalista, até com a luta armada fizeram isto não é!

 

S.A- Há uma carta que ele terá  enviado ao Michel Laban, em manifestava o seu desejo de publicar uma das sua primeiras obras que é “Nuvens que passam” acha que seria profícua e reimpressão desta obra?


P.L- Sim, eu penso que vai se publicada, ela vai ser publicada mesmo, esta obra está nos planos, agora saíram penso que quinze volumes se não me engano, foram agora reeditados, faltam dois e Nuvens que passam, vai ser publicado.

 

S.A- Em 2005, foi nomeada uma comissão que tinha a incumbência de trabalhar na História da literatura angolana, gostaríamos de saberem que pé anda este processo, porque sabemos que faz parte desta comissão, naquele período, foi anunciado que haviam de apresentar um draft em 2009, por altura do FECAULT, gostaríamos de saber como é que este processo vai?

 


P.L -Vai me desculpar, mas eu não vou me pronunciar sobre isto, porque não devo pronunciar-me sobre isto, penso que são outras pessoas, não por nade de especial, a não ser que como sabe fazem parte desta comissão da Historia da literatura, queagora é liderada pela senhora Ministra da Cultura, Drª Rosa Cruz e Silva, porque ela como é a Ministra da Cultura, ela é a pessoa que lidera esta comissão, o próprio Drº Luis Kandjimbo, que faz parte da comissão de redacção desta Historia da Literatura Angolana e faz parte do grupo aqui eu pertenço também, do grupo de trabalho sobre o Nativismo, estou eu, o Drº Luis Kandjimbo, a Drª Rosa Cruz e Silva, a Ministra da Cultura, e a Inocência da Mata, somos nós o que fazemos parte deste grupo, como compreenderá, eu não vou me pronunciar sobre isto, até porque não acho conveniente.

 

S.A- Gostaria de ouvir a sua virtude de razão relativamente a questão trazida a discussão nos círculos literário e não, que tem que ver com classificação dos poetas medíocres, segundo o José Eduardo Agualusa, que opinião tem desta picardia?

 

P.L- Risos…O meu amigo também vai me desculpar que eu vou me escusar a fazer qualquer pronunciamento a esta questão, a única coisa que eu digo é o José Eduardo Agualusa, que eu acho que é um escritor criativo, honestamente com capacidade criativa, por vezes, num ou noutro livro é ligeiro, é demasiado ligeiro é a minha apreciação como critico e como leitor, antes de ser critico e de escrever, eu sou apreciador, riu muito e muitas vezes com as Istorias dele, acho que é um escritor com potencialidades, mas depois muitas vezes tem alguma verrina nalguma da sua literatura, e depois em entrevistas e muitas vezes em crónicas ao longo dos tempo que eu procuro acompanhar sempre e tenho até arquivos de crónicas, por vezes o Agualusa, exagera, quer dizer exagera, e neste aspecto eu acho que ele exagerou, não tem razão absolutamente nenhuma em nenhuma parte do mundo ele tem razão, o Agostinho Neto, é poeta Nacional Angolano, é o poeta da fundação de Angola, quando digo fundação é no sentido até poético, é o poeta que põe em poesia, digamos assim numa época crucial, nos anos 50, a épica do povo Angolano, as suas alienações os seus sofrimentos e projecta no futuro o que vai ser este povo, projecta a independência, para além destas questões temáticas, não é como muitas vezes se diz. Ah, o Agostinho Neto tem uma poesia, se a poesia fosse simples.

 

Há esta tentativa, é preciso dizer que a poesia dele não é simples, é uma poesia que tem trabalho da palavra muito afinado, é uma escrita angolana, o trabalho dele é importante, parecendo uma poesia de norma de Portugal não é tanto assim, é uma poesia de alguém que tinha o grande sentido, e a prova disso é que ele no seu livro Sagrada Esperança, inclui um soneto bucólico com a palavra independência, que vai contra o bucolismo, é uma lição como que a mostrar, se ele quisesse, também publicava um livro de soneto, mas não é este o meu caminho. Portanto, há que saber ler, e o Agualusa, e acho que já me estendi, ao contrario do que eu tinha dito, já disse demasiado, o Agualusa foi infeliz ao dizer que que não só o Agostinho Neto, mas o António Cardoso e o António Jacinto eram poetas medíocres, quer dizer é o tipo de atitude que nem o escritor, nem um professor, nem um cidadão, pode ter, porque pode não gostar da poesia de Agostinho Neto, mas esta é uma questão do fórum individual, ele pode não gostar da Poesia de Agostinho Neto, pode ser politicamente contra o Agostinho Neto, mas não pode recusar a historia de Angola e não pode recusar a importância do Agostinho Neto como Poeta e como Revolucionário e com estadista e a sua poesia está indissociavelmente ligada a isso e a qualidade e o que representa para o povo angolano. Portanto, e mesmo ainda que ele não tivesse sido presidente por hipótese, tanto de Angola como do MPLA, a sua poesia teria o luar de qualidade da poesia Angolana e em língua portuguesa, e eu acrescento mas tenho a frontalidade de dizer, é uma boa poesia, uma grande poesia de língua portuguesa, a poesia não pode ser só apreciada com temáticas subjectivas e temáticas românticas do amor ou de outra coisa qualquer, alias, ele também poemas de amor.


 É uma poesia curiosamente que a juventude europeia por exemplo que estuda em Coimbra, nas minhas aulas, jovens holandesas ou inglesas ou italianas que frequentam a cadeira de literaturas africanas apreciam ficam deliciadas com a poesia, e é através muitas vezes da poesia de Agostinho Neto que acedem ao conhecimento sobre Angola, muitas vezes o primeiro conhecimento que essas jovens, me estou a referir as mulheres as jovens por são a maioria, o primeiro acesso que elas têm para Angola é através da poesia de Agostinho Neto, gostam e acham impecável, e são pessoas que já tveram nos seus países formação em português.

 

S.A- Enquanto professor, qual é o recado que gostaria de deixar, para as pessoas que pretendem se iniciar na carreira da literatura e da critica literária no geral?

 

P.L- Há uma coisa que me parece evidente, em primeiro lugar é preciso ler, ler e estudar muito, quer dizer não há ninguém que possa fazer critica literária viável objectiva equilibrada mesmo tomando posições as vezes que possam desagradar, mas tem que a ver muito fundamento muita leitura, eu recomendo muita leitura, e para fazer critica, eu estou lha dizer isto porque eu faço critica literária no Jornal de Letras de Lisboa, a para ai a seis anos, a critica dentro do espaço que tenho tem sido permanente ao longo de seis anos, eu faço esta critica porque tenho um espaço, muito curto e portanto tenho que ser objectivo lapidar e conciso, eu penso que a critica literária pode ser opinativa mas não destrutiva e tem que ter fundamento, e o fundamento voltando a sugestão do inicio, o fundamento é muita leitura muito estudo, quando eu digo leitura e estudo isto é uma actividade quase de escravatura, nós tornamo-nos escravos dos livros e do saber, com gosto mais é uma coisa que custo. Portanto, a actividade do critico custa, quer dizer o escritor é um criador, que cria uma coisa do nada, isto quando ele está no computador ou papel então não existe nada, depois passa a existir, e ele vai buscar ao seu saber a própria erudição que ele tem a experiência e nós para interpretarmos isto não é uma coisa fácil porque a literatura implica conhecimento de sociedade de etnografia Antropologia, psicanálise, escrita linguística, semiótica outras artes etc. Quer dizer, ser crítico é difícil.