Lisboa - Luanda ultrapassou Tóquio e lidera a tabela das cidades com maior custo de vida. Lisboa ocupa a 72ª posição.


Fonte: TVI2

Ter casa em Luanda é três vezes mais caro do que em Lisboa

Luanda é a cidade mais cara do Mundo. A capital de Angola destronou Tóquio, que está na segunda posição, no ranking das cidades com maior custo de vida, segundo um estudo divulgado esta terça-feira pela consultora Mercer. Lisboa ocupa o 72º lugar, mas é mais caro arrendar um T2 de luxo na capital portuguesa, do que em Roma, Amesterdão, Bruxelas ou Madrid.


Entre as cidades mais caras estão também Ndjamena, seguida por Moscovo e Genebra. O top10 inclui três cidades africanas, três asiáticas e quatro europeias. A cidade mais barata é mesmo Karachi, a capital financeira do Paquistão, com 18,5 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia, em média, Luanda é três vezes mas cara do que a antiga capital paquistanesa.


O alojamento na capital angolana triplica em relação a Lisboa e duplica quando comparado com Tóquio. E no que diz respeito ao fast food, por exemplo, o preço de menu completo com hambúrguer, em Lisboa , fica pelos 4,65 euros, mais caro do que em Londres (4.53 Euros) e Pequim (2.51 Euros. Mas, em relação a Luanda, fica muito mais barato, já que esta refeição custa 12,7 euros na capital angolana.


Do outro lado do Atlântico, no continente americano, são as cidades brasileiras que têm encarecido, muito por causa do fortalecimento do real relativamente ao dólar. São Paulo ocupa a 21ª posição do ranking e o Rio de Janeiro a 29ª. Nova Iorque (27ª) é a cidade mais cara dos Estados Unidos, seguida por Los Angeles (55ª).


Embora as cidades norte-americanas estejam mais baratas, sobretudo no que diz respeito às rendas, com o «fortalecimento do dólar desde Março, esta situação pode mudar», alertou Diogo Alarcão, da consultora Mercer. Na Ásia, além de Tóquio, Osaka é uma das cidades mais caras: ocupa a 6ª posição deste ranking.


O estudo da Mercer teve em conta 214 cidades de todos os continentes. «Cost of Living Survey» mede o custo comparativo de mais de 200 produtos representativos dos padrões de consumo dos executivos expatriados, incluindo habitação, transportes, alimentação, vestuário, bens domésticos e entretenimento. Os dados deste estudo foram recolhidos em Março estão condicionados pelas taxas cambiais desse mês.