Cabinda – O líder histórico da FLEC, Henriques Nzita Tiago, 83 anos, foi exonerado pelas chefias da resistência em África permanecendo apenas como conselheiro do movimento e podendo assim «usufruir de um repouso necessário».
 

Fonte: Ibinda

Alexandre Tati assume presidência do movimento

Numa declaração do Alto Comando das Forças Armadas Cabindesas, ala armada da FLEC, assinado por Estanislau Miguel Boma a 29 de Junho, o movimento elevou Nzita Tiago ao «título honorário de Líder Histórico, Herói nacional e património do Povo de Cabinda» e informa que o reformou e disponibilizou.

 

No mesmo documento é anunciado que o então vice-presidente, Alexandre Tati assume «todos os cargos da direcção da FLEC» e confirma Estanislau Miguel Boma como Chefe de Estado Maior da FLEC.

 

A FLEC decidiu também suspender o Governo Provisório de Cabinda, o Secretario Geral, Joel Batila, assim como «todas as representações da FLEC na Europa».

 

A decisão das chefias militares da FLEC não foi uma surpresa. Em 2009 e 2010 uma delegação da resistência, composta por militares, deslocou-se à Europa onde constatara uma importante desorganização nas estruturas do movimento além de fortes divisões que prejudicavam a imagem da FLEC no exterior.

 

Por outro lado o balanço negativo das acções diplomáticas dos representantes na Europa, assim como as iniciativas marginais não comunicadas às chefias militares, teria justificado a exoneração colectiva dos representantes da resistência no exterior.

 

Pela primeira vez desde há 25 anos que todos os postos de direcção e presidência da FLEC passam a estar concentrados em Cabinda.