Luanda – Os delegados ao Primeiro Congresso Extraordinário do FNLA elegeram hoje, quarta-feira, em Luanda o sociólogo Lucas Ngonda como presidente dessa formação política.


Fonte: Angop

Kabangu desqualifica congresso de Lucas Ngonda
 

O acto aconteceu durante o processo eleitoral realizado no Cine Atlântico, que teve início domingo e termina hoje.

 

O sociólogo Lucas Ngonda obteve 660 votos, tendo ficado em segundo lugar o psicólogo Carlinhos Zassala com 101 votos, Miguel Damião com 18 e Fernando Pedro Gomes com 14 votos, tendo se registado cinco votos nulos.

 

Em declarações à imprensa o mediador do processo de reconciliação, Luís Konjimbe, disse que o processo decorreu de forma ordinária e transparente, lamentando a ausência do deputado Ngola Kabangu no conclave numa desobediencia  ao acordão do Tribunal Constitucional.

 


"Muitos seguidores de Ngola Kabango estão a participar neste congresso convocado pelo Lucas Ngonda, facto que demonstra a vontade de reconciliar as partes desavindas, não se justificando a ausencia do dirigente que  conduziu a campanha eleitoral de 2008", sublinhou.

 


O presidente eleito será empossado hoje numa cerimónia que contará com a presença de vários convidados da vida pública de Angola. Participaram no acto eleitoral delegados provenientes das 18 províncias.

 

Ngola Kabangu desqualifica congresso extraordinário da ala de Lucas Ngonda

 

 O presidente da bancada parlamentar da FNLA, Ngola Kabangu, desqualificou hoje, quarta-feira, em Luanda, o primeiro congresso extraordinário dessa formação política que decorre na capital do país de 4 a 7 do mês em curso sob a liderança de Lucas Ngonda.

 

Em declarações em exclusivo à Angop, o político qualificou o acto de “reunião de um grupo de dissidentes frustrados e marginais que pretende usurpar o poder”, ao mesmo tempo que reiterou o apelo aos órgãos de soberania, no sentido de tomar medidas tendentes
a por cobro a tais acções ilegais.

 

Para Ngola Kabangu, os verdadeiros militantes e amigos da FNLA manifestaram-se indignados pelas acções aventureiras dos dissidentes e, caso a direcção do partido não acautelasse a situação, a fúria deles poderia desembocar em desobediência e violência no local onde decorreu o congresso.

 

Alertou que a sua direcção tudo fará para inviabilizar  esta reunião magna, por ter sido realizada à margem dos estatutos do partido, e recordou que um conclave democrático é precedido de uma preparação séria, responsável e transparente, passando pela eleição dos delegados através de assembleias provinciais.

 

Segundo o deputado, a ala liderada por Lucas Ngonda não elegeu os delegados ao congresso mas fez nomeações, preceito que viola os estatutos da FNLA.

 

“A convocação do congresso é da competência exclusiva do presidente do partido, depois de ouvido os membros do Comité Central reunidos para o efeito, e não aquela brincadeira que Lucas Ngonda e os seus homens fizeram, de reunirem familiares e amigos para depois chamarem a imprensa e dizer que está a decorrer uma reunião ou assembleia”, sublinhou Kabangu.

 

Afirmou que a sua direcção não vai cruzar os braços diante de arbitrariedades, pois vai continuar a desencadear a campanha de denúncia contra as acções anómalas e combater política e judicialmente os dissidentes frustrados, recorrendo aos tribunais nacionais e internacionais.

 

No acto Lucas Ngonda foi eleito presidente da FNLA com 660 votos, tendo ficado em segundo lugar o psicólogo Carlinhos Zassala com 101 votos, Miguel Damião com 18 e Fernando Pedro Gomes com 14 votos, tendo se registado cinco votos nulos.

 

Muitos delegados provinciais e municipais deste partido não exerceram o seu direito de voto na terça-feira, no Cine Atlântico, por seus nomes não constarem nas listas dos delegados do I Congresso Extraordinário da FNLA, e os mesmos mostram o seu descontentamento.

 

Ngola Kabangu não está a participar do conclave desta formação política, por ter considerado o congresso de ilegal.