Luanda - Com um atraso arrepiante – de cerca de quatro horas – deu-se, ontem, o início do II Congresso da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), braço juvenil do maior partido oposição a UNITA, que decorre sob a divisa  “Jura mais forte e persistente na luta contra a exclusão”.


* Lucas Pedro
Fonte: CLub-k.net

 

A direcção organizativa do certame – que previa reunir mais de 500 delegados, oriundos das 18 províncias, do país, bem como da diáspora – não conseguiu de atingir a meta traçada – talvez por dificuldades financeiras, como proferiu uma fonte segura próxima da organização – e, meramente terão vindo, segundo os nossos cálculos, menos de 1/3 de delegados de algumas províncias nomeadamente: Namibe, Malanje, Uíge, Zaire, Bengo, Kuando-Kubango, Huila, Cunene, Benguela, Kwanza-Sul e Kwanza- Norte.   

 

Durante o conclave, estes (os delegados) têm, hoje, como missão – meio difícil, mas não impossível – de escolher um novo líder para esta organização que aparenta não respirar bons ares, “devido o fracasso da direcção cessante, por não ter conseguido, de acordo com a mesma fonte, atingir os objectivos pretendidos durante o I Congresso”. Goro este, que de certeza, contribuira na derrota esmagadora – apesar do processo eleitoral não ter sido transparente ‘com batotas a mistura’ – deste partido nas últimas eleições, realizadas em 2008.      

 

O candidato, hoje eleito, terá como a missão – que também não é impossível – de encher ‘as fileiras’ desta organização juvenil partidária, que acaba de lecionar o a,b,c da democracia as outras organizações de género, que fingem realizar conclave com candidato já definido pela respectiva direcção principal, para fazer charme, ou melhor, banga. Truques estes já conhecidos por, quase todos, curumins que habitam nos musseques deste país afora.

 

Dentre os candidatos a serem eleitos constam os nomes de  Adriano Sapiñala, Helda de Matos, Osvaldo Júlio e Mfuza Fuakaka. Portanto, que vença o melhor! Porque à vontade é que não falta para os nossos púberes saírem às ruas turbulentas desta cidade afora, para defenderem com dentes e unhas os seus interesses e direitos. E, simplesmente precisam de um guia. Guia este que est(ão)amos a espera conhecer nas próximas horas.

 

Porque os objectivos últimos da revolução, exigem do militante sacrifícios e opções que o colocam permanentemente na fronteira entre a vida e a morte. Pessoas oprimidas não podem permanecer oprimidas para sempre. Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização.