Lisboa - Reunidos de 17 a 18 de Julho do corrente ano, sob o lema “JURA mais forte e persistente na luta contra a exclusão social”, decorreu, em Luanda, o II Congresso ordinário da JURA que contou com a participação do exterior, nomeadamente: Bélgica, Brasil, França, Namíbia, Portugal, Inglaterra, Togo e Burkina Faso.


Fonte: Club-k.net

O II congresso da JURA, realizou-se num clima de plena participação e harmonia entre os delegados, aos que as seguintes constatações, conclusões e recomendações.


 I – O II congresso saúda a JURA pelo seu 36º aniversário em comemoração, hoje, 18 de Julho e enaltece o exemplo de patriotismo e determinação do seu patrono, David Jonatão Chingunji “Samuimbila”, que pela causa da libertação do povo de Angola, tombou heroicamente nesta data.


II – O II congresso concluiu que o executivo cessante soube manter a JURA, nos idéias pelos quais foi criada e recomenda, aos órgãos saídos do presente congresso, que continuem a mante-la fiel, pois a UNITA é a esperança dos angolanos.


III – O II congresso da JURA, tomou com elevada preocupação ainda, o grau de intolerância política que se vive em todo espaço nacional, pelo que recomenda aos órgãos ora eleitos, junto da direcção do partido, envidem esforço de forma a redinamizar os mecanismos institucionais criados nos vários acordos de paz, de modos a que seja corrigida a referida situação que põe em causa a paz e a democracia em Angola.


IV – O II congresso manifestou ainda a sua preocupação, ao que parece ser falta de vontade política das instituições competentes do estado, para dar seguimento aos pendentes do Memorando de Entendimento do Luena, concernente ao pagamento das pensões e a efectiva desmobilização dos restantes efectivos das ex-forças militares da UNITA, bem como a sua real inserção social.


V – O congresso constatou que a actividade do CNJ, é ainda excessivamente parcial ao que toca aos interesses da juventude, no entanto, encoraja a manutenção da organização neste fórum, com a recomendação de criar uma estratégia de maior abertura e participação democrática de modo a que todos os seus membros se sintam melhor representados.


VI - O II congresso lamenta, o sentido pouco democrático em que foi orientado o debate que levou a eleição do suposto dia nacional da juventude angolana, isto é o 14 de Abril. Por este facto, recomenda a retomada deste debate com vista a encontrar o dia de maior consenso nacional, que não esteja associado à cores partidárias. Assim, a JURA sugere o 6 de Fevereiro, dia em que tombou heroicamente o jovem Rei Mandume Ya Ndemufayo na luta de resistência contra a ocupação colonial, que servisse de uma base proposta para a institucionalização desta data.


VII – O congresso mostrou-se preocupado com a elevada onde de criminalidade que se vive no país, supondo decorrente de várias anomalias sociais, desde o uso da droga, falta de emprego, a ingestão excessiva de álcool e a prostituição que têm estado a aumentar os índices de contágio das DTS, especialmente o HIV-SIDA e entende que com políticas de fomento de emprego e maior inclusão dos jovens em actividades educativas, culturais e desportivas, ajudariam a inverter a situação. Pelo que recomenda a quem de direito a assumir a sua responsabilidade.


VIII – O II congresso reconhece, o esforço que a direcção do partido teve de desenvolver para que este acto fosse uma realidade e enaltece o papel que tem sido desenvolvido pela direcção do nosso partido, na pessoa do seu presidente Dr. Isaías Henriques N’gola Samakuva e reafirma, a sua total confiança e o seu apoio incondicional na materialização das orientações dela emanada.      


IX – Finalmente, o II congresso ordinário da JURA, felicita o secretário geral ora eleito desejando sucessos no cumprimento das suas tarefas em prol da causa dos excluídos.