Lubango – A necessidade da abertura de mais consulados portugueses nas províncias do interior de Angola foi hoje apontada, no Lubango, pelo governador da província da Huíla, Isaac Maria dos Anjos, como premissa para facilitação da movimentação empresarial e consequente participação no desenvolvimento da região.
 

Fonte: Angop
 
 
Ao intervir no almoço oferecido ao presidente e comunidade portuguesa no casino da Nossa Senhora do Monte, o governante informou aos estrangeiros haver abertura na província para recepção de novos empresários portugueses, nos mais variáveis sectores, pois possui potencialidades, condições e facilidades para os integrar.
 
 
 
Durante a sua locução o governador disse existirem actualmente sob controlo dos Serviços de Migração e Estrangeiro (SME) da Huíla 685 cidadãos de nacionalidade portuguesa, dos quais 300 residentes, 342 com visto de trabalho, 38 com permanência temporária e 10 privilegiados pela Agência Nacional de Investimento Provado (ANIP).
 
 
 
Nesta senda, sustentou Isaac dos Anjos, este ano foi concluída a edificação do aeroporto nacional da Mukanka, infra-estrutura capaz de consolidar a posição da província na região sul e transformá-la numa porta de entrada internacional para Angola, facilitando o seu desenvolvimento e do país.
 
 
 
O governador disse ter havido, com o advento da paz em Angola, registo de um aumento migratório, originado pela necessidade de se trazer mais gente ao país para ajudar a desenvolver o vasto potencial do interior, e da Huíla em particular, relacionada às terras, água e clima, condição para melhoria das condições de vida da população.
 
 
 
Sobre o empresariado angolano e português na Huíla disse manter-se uma tradição já centenária com pagamentos regulares de imposto, luz e água, pois os empresários estabelecidos na província com propriedades registadas desde os tempos da administração portuguesa mantiveram os seus direitos e não foram molestados.
 
 
 
“Existe uma longa vivência passível de tornar o povo huilano verdadeiramente preparado para acolher quem deseja trabalhar na província e desenvolver-se, como prova a história de uma das regiões de Angola onde se iniciou a presença mais permanente de cidadãos de origem europeia”, asseverou.
 
 
 
A presença de Portugal, avançou a fonte, é notável desde a campanha do capitão Sousa Dias ao estabelecimento dos madeirenses nos barracões do Lubango e nunca deixou de ser sentida nas terras da Huíla, dada a sua escolha para o assentamento de famílias portuguesas em zonas como a Mapunda, Humpata, Chibia, Matala, Capelongo, Castanheira da Pêra, Frechel e Algés.