Lisboa - O regime do MPLA liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos,  condenou  a cinco anos de cadeia o Padre Raul Taty e o  jurista Francisco Luemba  por  crime de segurança de estado não especificado. Com eles, foram igualmente julgados,  o economista Belchior Lanso Taty a seis  anos de prisão. O engenheiro  Bernabe Paca apanhou a sentença de três anos de cadeia. Os advogados prometem recurso.

 

Fonte: Club-k.net

 Regime de JES aposta na detenção de defensores dos direitos humanos

Os defensores dos direitos humanos  foram presos em Janeiro passado na seqüência do ataque reivindicado  pela guerrilha da FLEC que teve como alvo a  selecção   de futebol do Togo a quando a realização do CAN 2010 em Angola.

 

O julgamento dos activistas estava inicialmente marcado para 23 de Junho passado tendo sido adiado. Na altura o Procurador Provincial de Cabinda, António Nito  informou aos advogados das vitimas que os argüidos já  não seria julgados pelo ataque a seleção do Togo mas pelo facto de  terem participado numa reunião, da FLEC,  em Paris a convite do Pastor Tony Zinga e de Lando Kama. A mudança de discurso do regime angolano foi entendida como subterfúgio visto que não dispunha de nenhuma prova para incriminar os activistas como mentores do ataque da FLEC.


De recordar que antes do julgamento ocorrido esta terça-feira, as autoridades angolanas colocaram um forte dispositivo de policia que tomaram lugares estratégicos a fim de prevenir a fúria da população que saiu as ruas para protestar pela condenação dos activistas cívicos.


Um grupo de padres católicos afrontou neste, terça feira, o  Bispo de Cabinda,  Dom Filomeno Vieira Dias. Em causa esta a prisão dos defensores dos direitos humanos.

 

A Aministia Internacional, numa das suas reações considerou os activistas por prisioneiros de  consciência. “Estes homens foram presos simplesmente por expressarem pacificamente a sua opinião sobre Cabinda por autoridades que estão a aproveitar-se do ataque à equipa de futebol Togolesa para reprimir os defensores dos direitos humanos”, declarou, na altura,  Muluka-Anne Miti, investigadora da Amnistia Internacional sobre Angola.