Benguela - O que nós verificamos em Africa e em Angola, é que as mulheres não trabalham para a reconciliação efectiva da paz, as mulheres também contribuem para o processo de descriminação, que é um fenómeno ímpar no mundo, disse Marcelina Lukanda Pascoal, membro da organização feminina do galo negro, na cidade das acácias rubras em declarações a nossa reportagem, quando esta acusava com desagrado a Direcção Provincial da Mulher nesta região, dirigida por Idalina Carlos, de nunca ter convidado a sua organização partidária “LIMA” a participar em actividades que se prendem com a mulher.


*Israel Samalata
Fonte: Club-k.net

 LIMA diz que  não é tida nem achada em actos de ocasião

Acusou ainda o Ministério da Família, de estar partidarizado, enquanto que devia despir-se de cores políticas. A dirigente daquele órgão feminino “a LIMA,” disse mais adiante que, a sua formação não é tida nem achada em actos de ocasião, preferindo endereçar favores a associações religiosas.


Márcia Lukanda em sua observação, fez saber a este órgão que, em Angola há dificuldade de separar Partido e Executivo “Governo”, quando para ela, “Governo não existe.” Neste domínio, a OMA organização feminina dos Camaradas é que recebe habitualmente todos os louros.

 

Angola não é único país que atravessou um processo de guerra fratricida no mundo, vários outros países também passaram por esses prejuízos, comentou aquela mulher.

 

Sabemos, o que foram as 1ª e a 2ª Guerras Mundiais, as Guerras Civis que tiveram lugar na Europa e nos Estados Unidos da América. Se esses tivessem que excluir, parte da sociedade segundo aquela estudante do 4º Ano da Faculdade de Direito Piaget, naturalmente que estes países não seriam fortes como é hoje. São fortes porque ultrapassada uma determinada etapa, tiveram de unir as mãos e pensaram na reconstrução do país, temos o exemplo de Barack Obama, que teve oposição durante a sua campanha, mas foi buscar sua opositora para fazer parte do seu Governo, ao passo que na Africa e com maior realce para Angola, ganhou-se as eleições em 2008, correu-se com toda a oposição que esteve no “Governo de Unidade e Reconciliação Nacional”, saído do Protocolo de Lusaka.


Marcelina em entrevista disse ainda que a Reconciliação Nacional é um processo. Não se faz em dois ou três anos, é morosa.

 

Questionada, no caso de o seu Partido tomar conta do poder, reagiu dizendo que não optará pela mesma moeda, não pode insistiu. Devíamos ultrapassar o passado, oito anos depois, devíamos pensar na Reconstrução Nacional do país e em todas as vertentes.