Lisboa - Personalidades políticas e cívicas em Luanda, observam que  o Bureau Político do MPLA, não emitiu até ao momento (11 de Agosto) uma declaração de pesar lamentando o passamento físico do carismatico  Frei João Domingo. A tradicional declaração de pesar é emita sempre que uma figura de relevo da sociedade parte.


Fonte: Club-k.net

Sacerdote criticava falta de liberdade de expressão

O Frei Domingos foi uma figura  que em vida condenava a corrupção no governo do MPLA, as detenções arbitrarias e os atentados contra as  liberdades cívicas em Angola "Governantes angolanos matam pessoas que falam" – diz Frei João Domingos . O silencio do BP, levanta suspeitas de que, mesmo na hora da sua partida, o partido no poder  guarda alguma reserva pelo sacerdote. (Em vida já foi alvo de chacota pelo  Jornal de Angola , liderado por José Ribeiro). O Frei João Domingos é um desbocado - Jornal de Angola


Reprovando a falta de consideração do Jornal de Angola contra o padre, o analista  Reginaldo Silva  lembrou esta semana, no seu blog, que "No "nosso Pravda" o Frei JD já foi promovido à categoria de "Desbocado".  Reginaldo recorda que  "Corria o mês de Setembro do ano passado e o escriba de serviço, um tal de Luciano Rocha (LR), não esteve com meias medidas. Aplicou ao Frei dos Pobres a pena máxima. Por delito de opinião, LR excomungou o nosso Frei da galeria dos amigos de peito do seu (novo) patrão. Uma verdadeira vergonha"
 

Voltando ao tema central, vale recordar que  apenas foram  citadas  palavras de  Rui Falcao que lamentou  a morte do sacerdote a titulo pessoal e uma  nota do  Comitê do MPLA em Luanda (que fala apenas pelos militantes na capital). Outros partidos que reagiram ao infausto foi a UNITA, FNLA, Partido Popular de David Mendes e etc.

 

A sociedade Civil, no seu todo associou-se a onda de manifestação de apreço e carinho do Frei Domingos ao que reitera que o mesmo era uma figura  carisma sem paralelo em Angola. A sua aceitação popular e isenta levou com que a UNITA e outros partidos o desejassem como a mais habilitada figura para estar a frente do Conselho Nacional Eleitoral. (MPLA preferia um associado seu, Caetano de Sousa)