Luanda - A sala diamante do Hotel Alvalade albergou a cerimónia de tomada de posse do novo executivo da organização juvenil da UNITA na manhã de 12 de Agosto de 2010. O acto foi orientado pelo presidente do partido, Isaías Samakuva, que no seu breve discurso traçou as linhas de acção para os novos membros da direcção da JURA.


Fonte: UNITA

Samakuva confere posse ao novo Executivo da JURA

Galvanizar a vontade de todos os jovens angolanos para a mudança, penetrar diferentes círculos da sociedade angolana para explicar as clausulas do contrato social celebrado entre os governantes e os cidadãos, conformam as linhas gerais da missão que cabe aos jovens da UNITA, com vista a edificação em Angola de um verdadeiro estado democrático de direito e de uma sociedade dignificada. Segundo Isaías Samakuva, com a tomada de posse dos novos dirigentes da JURA termina a fase de discursos e promessas e começa a execução dos programas. Felicitou Liberty Chiyaka e o seu elenco pelo trabalho exitoso que realizaram para que a realização do conclave se traduzisse em mais uma lição do ponto de vista democrático e organizativo.

 

O Presidente Samakuva lembrou ao novo executivo da JURA que os desafios são enormes e as dificuldades também não vão deixar de cruzar o caminho dos que se predispõem a lutar contra a exclusão social. Sublinhou que é a capacidade de enfrentar e vencer as dificuldades que fará com que a JURA e a sua direcção demonstre o mérito que já teve ao ser eleito.

 

“As dificuldades vão aumentar, porque os adversários das mudanças que o país exige querem levar-nos para o passado”, disse o mais alto dirigente da UNITA, sublinhado que “a linguagem mudou, o discurso está a ficar violento, é a forma de meter medo e intimidar as pessoas, é a forma de excluir aqueles que já se sentem excluídos e só buscam um lugar ao sol”.

 

O Presidente da UNITA advertiu que a luta contra a exclusão deve ser tida como a segunda luta de libertação do país.


“Estas palavras não deviam apenas soar aos nossos ouvidos e voar com o vento, devíamos reflectir sobre o seu significado”, explicou, acrescentando que “se não tomarmos consciência desse fenómeno que se agrava, não tenhamos ilusões, nós estaremos pior do que os nossos antepassados sob o regime colonial”.

 

Defendeu coragem quando a questão for a defesa da satisfação dos direitos consagrados constitucionalmente. “Não tenha medo para exigir o cumprimento pelo governo dos nossos direitos. É um direito exigir que o governo cumpra a sua agenda de promessas”, concluiu.

 

Passam a integrar o elenco de Mfuca Muzemba, a Albertina Navita Ngolo, eleita pelo comité nacional para o cargo de secretário-geral adjunto, Luís Orlando Nguvulo que responde pelo secretariado permanente do comité nacional, Oseias Chimbandungue, Etna Elavoko, Gaio Kakoma, João Lukombo e Agostinho Kamuango, secretários para organização, mobilização e quadros, administração e finanças, gestão de quotas, assuntos eleitorais e assuntos institucionais e académicos, respectivamente.

 

A cerimónia foi presenciada por membros do comité permanente da comissão política da UNITA e por convidados das organizações juvenis congéneres de partidos políticos e associações estudantis. O Conselho Nacional da Juventude esteve representado ao mais alto nível pelo seu presidente Cláudio Aguiar. Esteve também presente ao acto de empossamento do corpo dirigente da JURA a responsável pelas políticas da juventude da embaixada americana em Angola, Catherine Griffith.

 

Na ocasião, Liberty Chiyaka, secretário-geral cessante fez a entrega a Mfuca Muzemba do arquivo da JURA, contendo os estatutos, linhas programáticas, agenda política e social, agenda estratégica para a mudança e o regulamento do comité nacional da JURA. “São os principais documentos da nossa organização, não temos neste arquivo teses golpistas”, assegurou Liberty Chiyaka.
 


JURA e a nova dinâmica para a mudança

 

No seu discurso para os membros do novo executivo da JURA, Mfuca Muzemba deixou vincada a ideia de trabalho que se tem pela frente, visando levar a UNITA ao poder, em 2012. “Os dirigentes ora empossados estão dispostos e disponíveis a vencer os desafios, para construirmos em Angola, um verdadeiro estado democrático de direito”, assegurou o novo homem forte da JURA, cuja acção vai estar virada para o campo, escolas, sindicatos, associações, para mobilizar o eleitorado jovem para a mudança.

 

 

Mfuca Muzemba entende que os integrantes da sua equipa compreenderam a enormidade dos desafios à vista, por isso, partem conscientes para trabalho sem horário, fora dos gabinetes, com sentido de missão e inovação.

 

De acordo com o secretário-geral da JURA o povo angolano está ávido da mudança da situação actual. “Não é preciso uma sondagem formal para se saber que a vasta maioria dos angolanos almeja mudança em Angola”, sublinhou, adiantando que “os angolanos, desde os taxistas, até empresários, estudantes, desempregados, roboteiros, ninguém mais quer mudança na continuidade”.

 

Mfuca defende a mudança em Angola que substitua a exclusão pela inclusão, a insensibilidade dos governantes pela sensibilidade responsável, o autoritarismo pela democracia, a corrupção pela boa governação e o MPLA pela UNITA.

 

“É pouco provável que em 2012 que o povo faça em uma escolha errada e vote outra vez contra si mesmo ou seja, a favor daqueles que violam os seus direitos, partem as suas casas, não pagam os seus salários e roubam o seu dinheiro”, afirmou o novo secretário-geral da JURA, por ocasião do empossamento do órgão directivo da organização juvenil da UNITA.

 

Mais adiante, o responsável máximo da JURA alertou aos seus companheiros e demais membros da juventude para a estratégia do regime que visa criar o medo no seio da sociedade angolana, através de diversas artimanhas, incluindo o uso abusivo dos meios da comunicação social.

 

“Os escribas da ditadura irão continuar a escrever para instalar o medo nas consciências do povo, mas esquecem-se que o povo angolano já cresceu e amadureceu, já sabe distinguir bem quem defende os seus direito e quem o oprime”, defendeu, Mfuca Muzemba, sublinhando que “a democracia só se defende com democracia, a soberania popular só se defende com democracia, a liberdade só se defende com democracia, a boa governação só se defende com democracia”.

 

Finalmente o novo secretário-geral da JURA enalteceu o papel desempenhado pelo seu antecessor, que proporcionou condições para uma transição tranquila.