Luanda - A crise economica-financeira que afecta o mundo em geral e em particular Angola, exige a que se  exorte os Economistas Angolanos a assumirem de uma vez por todas o rumo que se pretende dar à AECA-Associação dos Economistas Angolanos pois, só com a força de todos economistas Angolanos é possivel construir um futuro mais promissor e fazer da Associação um forte parceiro na erradicação da pobreza absoluta, mas o facto é que parece-me que ninguem quer assumir-se  para liderar.


Fonte: Club-k.net

 

1. Economistas Angolanos

 

Diversas tentativas de aproximação dos seus membros já foram feitas. Das conversas informais com economistas membros da AECA, ex-colegas da Faculdade de Economia da UAN, alguns académicos, empresários e dirigentes Governamentais, todos eles economistas ou gestores, e do pouco tempo em que acompanho a AECA, sinto que há algum receio de errar ou falhar quando se fala na AECA, há um cepticismo em relação ao ambiente interno, onde possivelmente haja linguagens que não sejam permitidas, haja escolas de pensamento económico previlegiadas, haja resistência a mudanças e a aceitar que jovens economistas Angolanos tenham alguma coisa a opinar, haja ideias pre-concebidas sobre as quais emitir opiniões diferentes significa criar um afastamento de uma linha "ideológica" invisível, etc.

 


Por outro lado vejo na AECA um sentimento de inconformismo dos órgãos actuais, porque muita coisa pode e poderia ter sido ser feita, e muitas vezes falta colaboração de um ou outro membro, e depois há aqueles que só querem entravar o processo de crescimento da AECA, e esses não são poucos.

 


Espero que desta vez haja coragem, principalmente por parte da geração mais jovem, para assumir desafios em relação ao futuro da Associação dos Economistas Angolanos, de modo a que o País tenha uma classe de Economistas mais interventiva e que dê uma maior colaboração nas decisões de políticas de desenvolvimento e crescimento económico.

 


A AECA já está em condições para passar para um debate mais intenso em relação a sua continuidade e aumento do número de membros, começar a admitir-se, a médio ou longo prazo, a criação da "ORDEM DOS ECONOMISTAS DE ANGOLA", debater e fazer uma reflexão profunda sobre a introdução da carteira profissional do economista angolano como forma de a AECA contribuir na formação profissional dos economistas, reflectir-se sobre a participação da AECA na elaboração, avaliação e homologação dos cursos de economia em Angola, juntamente com o Ministério da educação e com as instituições do ensino superior; Fazer uma maior ligação entre AECA e as faculdades de economia e gestão em Angola, e com os respectivos núcleos de estudantes, dentre outras coisas.

 


Tudo isto é possível, mas para tal é preciso desfazer-se das incertezas e do medo, e assumir -se os desafios que se impõem, aceitando a diversidade e, mais do que ninguem, uma geração de jovens economistas é que está em melhores condições objectivas de fazer a viragem na AECA, dado o actual contexto em que ela se insere.

 

 

1.1- Associação vs Ordem dos Economistas


Em torno do debate de questões nacionais, a Associação dos Economistas, sendo de âmbito nacional, carece, de uma breve reflexão sobre a sua denominação-“Associação dos Economistas ou Ordem dos Economistas”.

 


Por definição, a Associação é uma organização resultante duma reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, para a realização de um objectivo comum.

 


Uma Ordem, define-se, como uma associação pública profissional a que corresponde uma profissão cujo exercício é condicionado à obtenção prévia de uma habilitação académica de licenciatura. Quando tal não é verificado designa-se, como uma câmara profissional.

 


Ordens existentes em Angola

•Ordem dos Advogados
•Ordem dos Arquitectos
•Ordem dos Engenheiros
•Ordem dos Médicos


Dada a existência em Angola, já de algumas Ordens Profissionais, assentes no Regime das Associações Públicas Profissionais que  regulamenta o regime jurídico de criação, organização e funcionamento, uma autorização legislativa é necessária para a criação da Ordem, concedida pela Assembleia  Nacional  e o Governo promulgar uma Lei, no qual cria efectivamente a Ordem dos Economistas.

 


Porconseguinte, a Ordem dos Economistas, como associação profissional de direito público representativa dos licenciados na área da ciência económica, nascerá, a partir da transformação da actual Associação dos Economistas Angolanos (AECA); por forma a obter êxito dos trabalhos; uma comissão, deverá ser  criada pelo governo, para proceder "ao enquadramento corporativo da profissão de economista visando uma solução completa e definitiva do assunto" e comete à Direcção da extinta Associação dos Economistas Angolanos (AECA) competência para proceder à instalação da Ordem num prazo préviamente definido.

 


As Ordens em Angola são de  criação recente; as primeiras iniciativas de associação profissional data aos anos noventa, com a fundação da Associação dos Economistas Angolanos (AECA) que os Economistas tiveram oportunidade de se afirmar enquanto profissionais dedicados às matérias económicas e financeiras.

 


Com efeito, a multiplicidade de licenciaturas na área da ciência económica e a acentuada indefinição que marca, hoje, o exercício da actividade de economista, dispersa por funções, sectores de actividade, tipos de entidade e organizações empregadoras, justificam a necessidade de uma regulamentação e de um controlo unitários do acesso e exercício da actividade de economista.

 


A criação da Ordem dos Economistas, associação profissional de direito público, através da transformação da AECA- Associação dos Economistas Angolanos, responde à necessidade de valorizar a profissão de economista, a qual adquiriu, nos nossos dias, uma importância económica e social acentuada e, nessa medida, exige uma entidade que a discipline, salvaguarde valores e crie condições de enquadramento, dignificação, prestígio e valorização técnico-profissional.

 


Devendo,consignar-se no seu Estatuto uma primeira atribuição que consiste em "Reconhecer o título profissional de Economista aos titulares de licenciaturas na área da ciência económica".

 

 
Entre os aspectos mais significativos da regulamentação a que agora se impõe que se proceda, cumpre assinalar o reforço da descentralização organizativa, bem assim como da separação entre órgãos:


·        Assembleia Geral
·        Direcção
·        Conselho Fiscalizador de contas
·        Colégios de Especialidades