Nos Estados Unidos, o pastor Martin Luther King foi um destacado activista cívico dos direitos humanos bastante respeitado e conhecido pelos seus discursos pacifistas que a todos deveria inspirar. Morreu momento antes de uma marcha que se estava para realizar naquele quarto dia do mês de Abril de 1968.   Ele estava longe de saber que   no seu décimo terceiro aniversário de vida nascia na África do Sul um chara seu, Martin Thembisile Hani   e que morreu de forma igual a si. Martin Hani viveu largos anos no exílio. De regresso a África do sul em 1990, os vizinhos se aperceberam que ele agora era popularmente conhecido pelo nome de guerra, Chris Hani. Semelhante a Martin Luther King , Dr Chris Hani perderia a vida, a porta de casa, numa tarde do dia 10 de Abril de 1993 ao ser baleado por um imigrante polaco na África do Sul. Por isso a África do Sul não esquece este mês por duas razoes. Por causa do desaparecimento prematuro de um dos seus mais brilhantes combatente na luta contra o regime do Apartheid e por ser o mesmo do seu dia da liberdade que é o 27 de Abril.

Chris Hani, era depois de Mandela a segunda figura negra   mais popular e mais carismática da comunidade negra da África do Sul. A reacção dos seus conterrâneos em relação a sua morte quase que levaria este pais a um banho de sangue. Dois cidadão de raça branca foram queimados vivos por compatriotas da raça oposta dois dias depois do assassinato. Conclui-se que a morte de Hani deu poderes a Nelson Mandela   que seria escolhido tanto pelos seus   brancos e negros como a figura reconciliadora capaz de travar os actos de vingança e instabilidade que se estava a viver na sequência da morte de Chris Hani.

Com uma formação militar feita na ex União Soviética, Chris Hani que licenciou-se em literatura clássica,   chegou a ser o chefe de estado maior do “Umkhoto we Sizwe” , o extinto exercito o ANC. Hani esteve no Lesoto onde escapou ileso a um atentado   motivando a sua partida para Lusaka onde Imageestava a sede política do ANC. O Comandante Chris Hani esteve igualmente em Angola no ano de 1983-84 onde chegou a   travar um combate contra as tropas de Jonas Savimbi em Malanje numa altura crucial em que naquela província   se registou uma das páginas mais deselegantes da história do ANC derivando desintegração dos soldados que denunciavam actos cuja acção ficam a cargo da história.

Quando o regime do Apartheid retirou a ilegalidade ao ANC, Hani e seus companheiros regressaram a África do Sul pondo fim aos 27 anos de exílio. Em casa de Derby Lewis, um ex- parlamentar do regime do apartheid, envolvido no seu assassinato haviam encontrado uma lista que indicava o nome de três proveniente figuras da luta contra o Apartheid que poriam fim as suas vidas. Na lista estava o nome de Nelson   Mandela, de Joe Slovo então líder do partido comunista sul africano e de Chis Hani a quem inauguraram.o carismático líder descia do seu carro a porta de casa, num dia em que ate hoje se questiona porque havia(m) dispensado o seu guarda pessoal.

Portanto, a África do Sul como a   América hoje choram as mesmas lagrimas que nos. Foi num dia 14 de Abril de 68   que as balas de um atirador Português atingiu mortalmente o guerrilheiro Hojy Ya Henda. Em sua homenagem a data da sua morte popularizou-se   como o dia nacional festejado pela JMPLA.

Por estamos no Abril, somos heróis, porque foi por nos que os nossos heróis consentiram os sacrifícios. Foi neste mês em 2002 que   Armando da Cruz Neto e Geraldo “Karmoteiro” substituíram as armas pela paz que precisamos preservar mas “p ara que isso aconteça é necessário que cada um e todos nós sejamos capazes de perdoar e de esquecer, isto é, de afastar os sentimentos de ódio e vingança, que nunca poderão contribuir para a construção de um mundo mais digno e mais justo para o Povo Angolano.”   recomendaria a nação, o nosso Chefe de Estado José Eduardo dos Santos.

Fonte: Club-k/Angolense