Lisboa –  Embora tenha nascido no Luena, David Horácio Junjuvili   é originário de uma família da Bela Vista, Huambo. No Moxico fez o ensino primário para mais adiante se  mudar para terra dos seus país.  Ai passou pela escola  técnica da Missão do Dôndi e pelo Liceu Norton de Matos-Huambo.


Fonte: Club-k.net

 

Fez  parte dos  quadros da UNITA que despiu a farda para servir a diplomacia ao lado de Jardo Muekalia e Marcos Samondo nos Estados Unidos da America. É irmão de um dos mais emblemáticos comandantes da extinta FALA, o general Zaboba, hoje na reforma. Igualmente  irmão de  Guido Junjuvili que  fez parte dos comandos da guarda presidencial (que cresceu em casa) de Jonas Savimbi. Dos irmãos, Horácio Junjuvili,  foi o que fez  parte do grupo de guerrilheiros que em 1976 foi enviado para Zâmbia para fazer  formação  militar  no  “Military Training Establishement of Zâmbia – Kabwé” . Freqüentou o  curso de comandantes  no centro de Estudos Kapesse Kafundanga (CEKK) e é  especialista   em Administração e Organização de Tropas de Infantaria.

 

Esteve como comandante na região militar 93. Passou pela frente-norte e foi Chefe Adjunto do Planeamento nas Operações do  COPE. No extinto  exercito da UNITA fez parte dos quadros responsáveis  do centro de instrução. Chegou a ser  o Chefe do Gabinete Militar do Alto Comandante das FALA, Jonas Savimbi.

 

Na década de 80 foi feito quadro sênior ao serviço da diplomacia da UNITA. Esteve em Washington como  adido Militar junto do Free Angola Office. Fez parte da delegação que acompanhou Jonas Savimbi na sua visita a capital americana em 1989. Acompanhou as movimentações em torno dos acordos de Nova Iorque. Como quadro diplomático passou também por Portugal onde foi colocado   como assessor da Representação do seu partido neste país. Regressou a Luanda nas vésperas das primeiras eleições gerais no país tendo ficado sob custodia no seguimento dos confrontos militares entre MPLA e UNITA.

 

No reativar das negociações entre UNITA e governo angolano,  Jonas Savimbi fez-lhe  Chefe adjunto da Delegação do “Galo Negro”  na comissão conjunta  que tinha a cabeça, por parte do seu partido, um outro quadro oriundo da diplomacia,  Isaias Samakuva.


No período do conflito armando deslocou-se com certa freqüência ao leste de Angola (Lundas) para negócios particulares. Inscreveu-se  na Faculdade de Direito da UAN tendo se licenciado em 2004. (Esta a fazer uma  outra formação superior em gestão). A sua formação valeu-lhe o ingresso no  Órgão Jurisdicional da UNITA. Reformou-se como brigadeiro.  É presentemente um dos representantes do seu partido junto ao Conselho Nacional Eleitoral.

 

É descrito como um quadro culto/integro   que “pensa antes de falar”. Faz parte de uma corrente interna conotada a Abel Chivukuvuku. Dentro da referida corrente é reconhecido como tendo sido  um dos primeiros quadros do partido que passou a ter visão adversa a actual  direcção do "Galo Negro".   A 13 de Novembro fez parte como palestrante de uma conferencia promovida pelo Secretariado provincial da UNITA em Luanda para falar dos 35 anos de Independência. Apontou  caminhos que entende  que o seu partido deveria tomar. Fe-lo na presença do   presidente do partido, Isaias Samakuva, que fora convidado a fazer o discurso do partido.