Brasil - A Ministra  não  lê o Club-k, mas organizou e promoveu uma matilha de assessores, onde o objetivo era criar um lobby de influência no Club-k para ser defendida no mesmo meio. Se não lêem o Club-k, por que organizou ou promoveram uma frente para ser defendida, aqui mesmo no Club-k, quando da sua posse!?


Fonte: blogdonelodecarvalho.blospot.com

A Ministra não tem obrigação de ler o Club-k


Sabemos que alguns articulistas do Club-k e até alguns administradores do Club-k na diáspora, aqueles que têm acesso ao sistema de edição e reedição no  Club-k, foram persuadidos para moderar o tom com a atual Ministra, dar um tempo a ela. Ou seja, tratar a mesma com certo grau de consideração, ter paciência com a mesma no seu desempenho e nas possíveis transformações que a mesma iria implementar  no sistema de comunicação angolano. Não foi por coincidência, então, que muitos Jornalistas, empregados da TPA, da Rádio Nacional e até do Jornal de Angola, usaram o Club-k para manifestar suas ideias e  dar suas opiniões. Porque acreditaram que a nova Ministra, jovem e dinâmica, pertencente a nossa geração, estava imbuída com  um novo espírito oxigenado pelos ventos da democracia; do espírito democrático a que essa geração nova de angolanos, e a comunidade da diáspora, vêm  tentando incutir a sociedade civil angolana, na sua luta por um verdadeiro regime democrático de direito; onde cada ato do  Estado e do Governo seja pautado pela transparência e pelo respeito ao cidadão e a sociedade em geral.  

 

A Ministra, claro que não tem obrigação de gostar ou ler coisas  que contrariam o seu espírito. Mas com a declaração feita e a suposta rejeição espiritual só mostra, mais uma vez, o nível cultural péssimo dos nossos governantes e a falta de consideração que eles têm pelo próprio povo que sustenta o poder deles. Um povo que mereceria mais respeito, não só pelas batalhas travadas no passado e usado para sustentar essa República dirigida por corruptos e malfeitores. Mas também por entender, que entre os terroristas da UNITA e os corruptos do MPLA, estes últimos ainda constituem a alternativa possível para a época em que vivemos. Mas que não da direito a burla de quem está no poder para com o cidadão que escolheu tal alternativa.

 

Além disso, se muitos, ex-colegas  da Ministra ( da TPA, RNA, e do Jornal de Angola), tiveram como opção usar o Club-k para manifestar suas ideias e opiniões, é a prova de que aqueles meios, além de não serem livres e democráticos, tornaram-se reacionários a serviços de interesses pessoais para perpetuarem o poder dos corruptos em Angola.

 

Assim, o Club-k, além de ser um meio alternativo de luta e combate contra a corrupção e todos os males que existem na sociedade angolana, é um instrumento moderno de cultura a ser considerado por quem tem uma visão moderna da sociedade e que acredita que o progresso é o único destino da humanidade para a sua sobrevivência contra tudo  que existe por aí, incluindo contra os corruptos do Governo de Angola.

 

O Club-k não é cultura Pop nem Popular é uma autêntica cultura de classe, dos estudantes, da classe media angolana desesperada pela implantação de um verdadeiro regime democrático,  que tem como influência principal a diáspora angolana, sonhadora em ver uma Angola desenvolvida onde todos possam ter  direitos como cidadãos e a serviços básicos, como saúde e educação. Coisas que até hoje os corruptos que estão no governo fingem oferecer ao povo, por isso somos obrigados  a ler entrevistas cínicas e que só transmitem mensagem provocativas como aquela entrevista da Ministra.


A Ministra decepcionou a todos e traiu a confiança de quem mais lhe defendia, precisamente, o Club-k. Porque naquele Jornal, o de Angola; naquela Rádio, na rádio nacional de Angola; e naquela Televisão, a TPA; só se defende o chefe mor. E, quanto mais, se for necessário sua quadrilha, quando ainda não estão descartados.

 

A MINISTRA NO CARGO ERRADO

 

Não ler o club-k não é o fruto de um cinismo acadêmico, que com certeza, se assim fosse, todos aqueles que alguma vez publicaram, ao menos um artigo no mesmo, estariam lisonjeados. A pergunta é: Por que um Ministro do Governo de Angola teria motivos para ler o club-k?



Temos certeza da resposta desta pergunta: nenhum! Esse “nenhum” é uma negação absoluta que vem dos espíritos ofuscados pela ignorância. Não a ignorância do homem comum, simples, a ignorância do pescador, do homem do campo, do lavrador, do estivador, do monangambé, estes que me desculpem. Porque sua falta de instrução não, necessariamente,  torna-os gentes de almas ofuscadas ou a alma coberta de plenos e eternos invernos glaciais.

 

Se a um adolescente lhe incumbíssemos procurar a ignorância de um Ministro de Angola, esse descobriria que o buraco onde se aloja a mesma ignorância está mais embaixo, e que tal fenômeno é uma virgem de trinta e cinco anos de idade. E que o mesmo fenômeno, no topo da sua ignorância, não conhece a internet; acredita que a quarta classe dos tempos antigos, que eles chamam de colonial, tem mais valia que a dos tempos modernos; descobriram, no 11 de Novembro de 1975, as oportunidades egocêntricas  e silvestres, instrumentos necessários de sobrevivência de algumas espécies, muitas delas em extinção.  


Além de não conhecerem a internet, temem a mesma como o diabo teme da cruz; fogem da mesma  como o vampiro foge da cruz. Fazem questão de ignorar a verdade ( toda ela);  não a transparente ou a absoluta; destas jamais estarão próximos ( nem se fala). Estão sempre atrás de uma verdade frágil, a que melhor lhes convém. E, quando se aproximam da mesma, são “expertos”  em diluí-las com um monte de mentiras e falsidades.


Para um Ministro de Angola é mesmo difícil ler o club-k, afinal, eles não suportam  ouvir o que toda mãe diz ao seu filho quando este está ainda no berço: não roubarás, não corromperás e nem te deixarás ser corrompido. Não usarás os símbolos pátrios para te favoreceres pessoalmente; não farás do estado uma instituição privada  de benefícios   para familiares e para  amigos; não farás do  estado instrumento  de conquista pessoal e tráficos de influências.


No caso da Ministra de Comunicação, que vive bem informada, lendo o Jornal de Angola, escutando a Rádio Nacional e assistindo a TPA, então, ela deve  saber  que Angola é o 11º país  na escala de corrupção? Já que os mesmo meios de comunicação difundiram essa notícia aos quatros ventos. Não que o club-k seja o único meio onde se poderia encontrar tal notícia, existem fontes na internet melhores e mais credíveis que o club-k. Esperamos que estas fontes  estejam  ao alcance da Ministra. Do contrário, como Ministra da Comunicação, estará ocupando o cargo errado.

 


Nelo de Carvalho
WWW.blogdonelodecarvalho.blospot.com
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