Cidado do Cabo - Francisco Damas é um angolano que vive na África do Sul há 14 anos. Há oito anos fundou uma empresa no ramo da reparação de chaparia e pintura de viaturas. Hoje tem duas oficinas e 46 trabalhadores, entre sul-africanos, angolanos, zimbabweanos, moçambicanos e malawis.


Fonte: JA


Formado no Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL), Francisco Damas chegou ao país de Mandela como refugiado, mas cedo procurou inserir-se naquela sociedade, estudando e trabalhando em várias empresas.

 

Com a experiência que adquiriu decidiu abrir o seu próprio negócio. À medida que a empresa foi crescendo, foi empregando também alguns angolanos e pessoas de outras nacionalidades.


O empresário angolano recebe entre 160 a 180 carros por mês, o que lhe dá uma receita líquida de cerca de 700 a 800 mil rands por mês, valores que lhe permitem honrar os seus compromissos. Entre os seus maiores clientes estão empresas de seguro e o governo da Cidade do Cabo.


Francisco Damas conta que “no princípio foi muito difícil”, porque chegou numa fase em que a África do Sul estava em transição, após a abolição do regime de segregação racial. “Tive que mostrar trabalho, qualidade e capacidade para que pudessem acreditar em mim”, conta. “Depois de observarem a qualidade do trabalho fui tendo clientes à medida que uns iam passando a palavra a outros”, referiu.


Casado com uma sul-africana, Francisco Damas tem a sua inscrição consular em dia e participa activamente nas actividades comemorativas do país, organizadas pelo consulado.


Ele diz que acompanha a actualidade em Angola através das emissões da Televisão Pública de Angola e afirma que está surpreendido com a forma como o país está a desenvolver-se.  O seu sonho é abrir o mesmo negócio em Angola.