Luanda - O Secretário-geral adjunto da CEAST afirmou, esta sexta-feira, em Luanda, que o caminho da democracia em Angola é ainda uma estrada em construção.
Fonte: Apostolado
“Não podemos dizer que esta é uma sociedade democrática feita, uma sociedade democrática já adulta. Estamos em construção, estamos a caminho, estamos a aprender. Precisamos aprender com os outros” – disse.
“Precisamos fazer a nossa própria caminhada, o nosso próprio ritmo, mas com coragem e decisão. A democracia é um caminho que hoje a humanidade parece ter acertado – frisou.
“As pessoas, aquelas que têm o poder, o governo em nome do povo, e que este povo tem caris de participação activa nas decisões políticas, sociais. As decisões que têm a ver com a sua vida em sociedade” – continuou.
Dom António Jaca falava à Rádio Ecclésia sobre os preparativos da quarta Semana Nacional Social que inicia na próxima terça-feira, em Luanda, sob o lema: Democracia e Participação.
“É um tema pertinente e espero que os conferencistas convidados possam dar subsídios importantes para a nossa reflexão” – referiu.
“Poderemos contribuir de forma individual, de forma colectiva para a edificação desta sociedade que pretendemos uma sociedade democrática”.
O também bispo de Caxito e Presidente da Comissão episcopal de Justiça e Paz recorreu ao Concílio Vaticano II para dizer que a Semana Social deve ser o contributo da Igreja na reflexão dos problemas da vida nacional.
“As alegrias e tristezas dos homens de hoje são também alegrias e tristezas da igreja. A igreja participa, efectivamente, da vida, do dia-a-dia das pessoas” – sublinhou.
“A igreja não pode dissociar-se da vida social, cultural e politica do nosso povo” – disse ainda.
“Essas semanas são relevantes, porque permitem sempre reflectir sobre um tema específico que tem a ver com a nossa vida em sociedade” – disse ainda.
A Quarta semana social nacional decorre de 11 a 15 de Janeiro, no Seminário Maior de Luanda, com a presença de 350 participantes, das 19 dioceses Angolanas.
Durante quatro dias serão abordados cinco painéis com temas ligados a democracia e participação, orçamento geral do estado, poder local, justiça e Igreja.
Entre os oradores constam nomes como de Marcolino Moco, Paulo Tchipilica, Eliza Rangel, Alves da Rocha e outros académicos. O destaque vai para a participação internacional do Constitucionalista e professor catedrático português, Jorge Miranda.