Paris –  Um tribunal Frances ordenou na tarde desta terça-feira (18 Jan) a detenção provisória do SG  da FLEC- posição Militar, Rodrigues Mingas por “ associação a grupo de terroristas”.  Mingas ira permanecer na prisão de Fleury Merogis por um período de quatro meses  renováveis até a conclusão da instrução  do processo, soube o Club-k de fonte que acompanha o assunto.


Fonte: Club-k.net

Advogado Judeus pela  parte angolana

“O mesmo ainda não foi condenado, a  razão da sua detenção provisória é por causa da sua  posição na estrutura da FLEC-PM, a sua reivindicação pesa sobre ele a responsabilidade de esclarecer melhor o que se passou” disse a fonte ao Club-k  esclarecendo que “esta  é a versão oficial que o ministério publico teve  como  primeira informação então deve ser detido até a conclusão de um  inquérito”

 

Rodrigues Mingas é julgado num processo conduzido pelo Juiz Trezier na seqüência de uma denuncia do governo angolano que associa o mesmo ao ataque da guerrilha da FLEC contra uma caravana da selecção do Togo na fronteira de Massadi em Cabinda.  Logo após os tiroteios, em Massadi,  uma fonte “in loco”  teria telefonado a Rodrigues Mingas para transmitir as chefias da FLEC a cerca da  situação. O mesmo que se encontrava desentendido com o líder histórico Nzita Tiago, decidiu tomar partido da situação assumindo-se como mentor da emboscada militar tendo aproveitado igualmente para divulgar a existência da sua facção  FLEC-PM que operava via internet.


O incidente foi condenado mundialmente e as autoridades angolanas teriam se sentido embaraçadas numa altura que negavam a existência  da FLEC, tendo decidido apresentar a guerrilha como “um grupo de terrorista”. Na altura o então Ministro das relações exteriores Assunção dos Anjos  enviou a paris uma nota de protesto por estes darem acolhimento aos chefes da FLEC. O embaixador Frances em Angola que estava de malas de  partida viu-se negado de  ser recebido pelo presidente angolano Eduardo dos Santos para comprimentos de despedidas. O Jornal de Angola  emitiu um editorial a insultar o diplomata Frances tal como a edição de um artigo  manipulando  as  palavras do diplomata  dizendo que a polícia interpool estava a caça de Rodrigues Mingas. Em menos de 24 a Interpool reagiu desmentido   o “pasquim”  dirigido  pelo polemico jornalista José Ribeiro.


Após vários meses de silencio, o tribunal Frances decidiu despachar, a 18 de dezembro, um grupo de oficias da policia a casa de Rodrigues Mingas em paris resultando na apreensão do mesmo, do seu  computador, telefone celular e  documentos  importantes. O mesmo teria sido posto em liberdade quatro dias depois com a obrigação de se apresentar regularmente junto a justiça francesa.


No passado dia 14 de Janeiro, Rodrigues Mingas  começou a ser ouvido em tribunal na presença de advogados  da parte angolana (origem francesa e Judeus)  que pediram a audiência a porta fechada tendo esta instituição judicial  recomendando que regressasse  esta terça-feira para leitura da decisão agora tomada.


 De recordar que Rodrigues Mingas, naturalizado Frances,  é um dos jovens proeminentes da  geração da luta pela autodeterminação do povo de Cabinda. Foi Secretario adjunto da Presidência da FLEC até ter se incompatibilizado com o líder histórico Nzita Tiago. Na seqüência do seu afastamento dedicou-se a escutar sensibilidades da “resistência” até finais de 2009 ter criado a sua FLEC-PM.