Bruxelas - Depois duma boa observação da actual situação, no que concerne o desenvolvimento das economias e dos próprios rumos nas vias politicas que se auto-desenham no continente africano, descobre-se vários motivos para comparar diferentes situações entre diferentes nações.


Fonte: Nkituavanga


Os acontecimentos políticos que vão se desenrolar entre diferentes países neste ano provam o anúncio duma nova era, nova disciplina e mesmo nova ordem tanto politica como económica. Isto é um fatalismo que o continente vai descobrir, conhecer e viver. Desta vez os deuses dos antepassados estão dispostos a responder os incessantes choros dos filhos do continente, causados pelo sofrimento, miséria, ditadura e todas as formas de exploração do homem negro pelos europeus ou pelas potências mundiais.


Evidentemente o homem negro não veio ao mundo para assistir e aplaudir outros. Ele não surgiu, como diria o meu velho amigo intelectual, para só ajudar na cozinha enquanto vai morrendo com fome. O africano tem alma e conhecimento tanto como outros. Ele foi tão explorado moralmente, culturalmente, espiritualmente durante longos anos até que foi nele dilapidado toda energia só com a finalidade de ver-lhe tornar um elemento inútil a sociedade. O explorador nunca pensou que o homem africano seria um dia um importantíssimo recurso a economia do continente. Com o tempo, os dados foram mudando e o homem em todo lugar faz parte de uma potência económica, que se classifica como recurso humano. A resposta dos antepassados foi inspirando o homem do continente de aperfeiçoar-se em tudo. Outros até por imprudências dos patrões foram-se formando nas grandes escolas europeias junto aos filhos dos exploradores.


Hoje, o ano novo traz novas esperanças porque houve sempre expectativas como diz-se ‘’mesmo que a noite for tão densa, o dia acabará por surgir’’. Hoje, estes ventos políticos que sopram ainda na Tunísia e no Egipto trazem uma nova mensagem. Ainda grita-se com mais coragem para que este se expande no continente porque não foi só o Luther King que tinha sonhos mas grandes dignitários africanos como Lumunba, Mandela, Kimpa Vita e outros também tem tido sonhos.


Nestes ocorridos de eventos vai-se desbobinando e codificar a mensagem que estes ventos continentais trazem aos seus filhos, que a injustiça quis eternamente oprimir. O que já se passou e o que se passa ainda hoje na terra dos Faróis merecem as nossas atenções. O Presiden6e da Tunísia não resistiu a pressão daquele povo, que maltratou durante anos; abandonando assim a cadeira presidencial a qual jurou nunca deixar. Duma hora a outra, os mesmos ventos transbordaram as fronteiras para instalar-se no Egipto.


O Egipto que nos séculos passados já foi força mundial mas ainda é uma potência regional. Militariamente o Egipto ocupa uma posição estratégica no médio oriente onde é também um potencial líder entre os países árabes desta zona. De mesmo como Angola tendo variados recursos minerais poderá dominar o mundo; uma vez que haja uma consciência patriótica. Angola é também uma potência militar na zona de África central e tem uma posição estratégica entre os países da SADC. Angola dirigida nos tempos pelos reis, fez parte do poderoso reino do Kongo (Ndongo e outros) que tinha uma estrutura organizativa muito desenvolvida como o Egipto que foi encabeçado por Faróis tendo um povo com uma organização socioeconómica. Egipto foi liderado pelo Presidente Sadate que devido a sua politica de inclinação foi assassinado como Agostinho Neto que misteriosamente faleceu por motivo da inclinação política. A população do Egipto é constituída por árabes, dominada por uma crença muçulmana enquanto os banto de Angola preferem a religião da tolerância. Josni Mubarack deu quase toda a sua vida servindo a sua pátria, tem desempenhado um importantíssimo rolo na manutenção da paz entre Israel e seus vizinhos árabes, portanto o nosso JES nunca goza deste privilegio mesmo a nível continental, mas jogou o certo rolo entre os estados da linha da frente. Contudo Mubarack que está no poder há décadas como JES apresenta os mesmos sintomas africanos: eternizar-se no poder. Uma vez que se consegue desarmar bruscamente a cadeira presidencial ao Mubarack, será uma estratégica chave para derrubar muitos tiranos africanos no poder. A actual resistência do Presidente Mubarack esta ajudando muitos dinossauros políticos a preparar-se eventualmente com os ocorridos e colocar novos mecanismos de protecção mas o que realmente está em jogo é a digestão do assunto pelas forças armadas de cada pátria e o jogo da complementaridade com a população. A voz do governo de Obama tem muita influência mas ela inclina-se a vontade dos povos. Mubarack tem um coração palpitando como o nosso JES e todos os dirigentes africanos que vivem de violência, corrupção, arrestação arbitraria, manipulação da constituição, ditadura, cléptocracia, gula do poder etc.


Egipto conheceu na sua cronologia sócio-histórica uma passagem ‘’nos sonhos de José’’. Mesmo aprovado pelos arqueólogos, muitos ainda persistem a acreditar que foi uma ficção como as fábulas de Ngangulas. Esta passagem atirou a minha curiosidade pois vejo algumas similaridades a marcha de Angola. Egipto conheceu períodos de vacas gordas que Angola ainda vive. Egipto conheceu também períodos de vacas magras que conseguiu desmarcar-se devido a sabedoria na implementação de regras económicas. Este período Angola ainda não conheceu mas que vitalmente vai conhecer sem hipóteses de aliviar. No Egipto, um prisioneiro foi elevado pelo King enquanto outro foi morto, assim acontecerá em Angola pois os pássaros irão alimentar-se das suas carnes, porque segue-se umas visões esquecendo o Inspirador de boas visões.


A realidade é que Angola não é Egipto. O angolano conheceu longos anos de guerra e prefere agora repousar e viver a paz. No Egipto ainda a lei opera mesmo de forma mbuco. O Presidente Mubarack não tem poder a arte de dominar as potências como JES. Egipto não possui reservas de recursos que passam incontroláveis e inapercebidos como em Angola por isso Mubarack não poderia esbanjar como os nossos dirigentes que continuam recolhendo nas hortas familiares.


A pequena conclusão que esta lição deixa escapar é que em qualquer país do mundo o estrangeiro pode dirigir para dominar mas nunca dirige para libertar como se tem feito em muitos países africanos. Caros Africanos vamos crer cruzando os braços e seremos mais miseráveis do que nunca. Sabeis que só os africanos poderão libertar esta África.

 

Nkituavanga II