Lisboa - O serviço de internet foi cortado na Líbia na sexta-feira, em uma tentativa do regime de impedir que os manifestantes antigoverno se comuniquem e se organizem. Segundo a Arbor Networks, empresa americana de controle do tráfego online, a Líbia "desconectou abruptamente" da rede.


Fonte: Publico

 

As forças de segurança líbias já mataram pelo menos 84 pessoas na Líbia desde o início das manifestações pró-democracia, no início da semana, afirmou hoje a organização Human Rights Watch (HRW), afirmando ter falado com pessoal hospitalar e testemunhas.

 

“As autoridades líbias deveriam parar imediatamente os ataques contra os manifestantes pacíficos e protegê-los dos grupos armados pró-governamentais”, afirmou em comunicado o HRW.

 


De acordo com a HRW, 49 pessoas morreram na quinta-feira (20 em Benghazi, 23 em Al Beyida, três em Ajdabiya e outras três em Derna) e 35 em Benghazi, durante o dia de ontem.

 

A HRW, que se baseia em fontes médicas, afirma que a maioria das 35 pessoas mortas ontem foram abatidas por balas reais disparadas pela polícia.

 

A agência noticiosa AFP, por seu lado, dá conta de um balanço feito ontem, cruzando diversas fontes locais, que apontava para 41 mortos desde o início dos protestos.

 

Os manifestantes reclamam a saída de Muammar Khadafi, no poder desde 1969.

 

Trípoli permaneceu alheia à agitação sentida principalmente no Leste do país e voltou a assistir a manifestações favoráveis ao regime, na central Praça Verde.

 

Entretanto, o acesso à Internet na Líbia foi cortado na madrugada de hoje, onde o regime tenta a todo o custo impedir que os manifestantes comuniquem entre eles. A notícia foi avançada por uma empresa especializada na vigilância do tráfego de Internet, a Arbor Networks, com base nos EUA. “A Líbia interrompeu bruscamente o acesso à Internet às 02h15 (00h15 portuguesas)”, informou a empresa.