COMUNICADO SOBRE O DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNAO


O BLOCO DEMOCRÁTICO, BD, saúda a UNESCO e seus representantes em diversos países do Mundo, os linguistas, peritos e representantes de várias organizações internacionais e nacionais que participaram, no dia 21 de Fevereiro último, em várias actividades alusivas ao DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA.Desde o dia 21 de Fevereiro de 2000 que se celebra esta DIA, com o objectivo de sensibilizar a opinião pública para a importância da diversidade cultural e linguística, bem como da educação plurilingue.

 


Este ano (2011), o tema escolhido para a celebração do DIA, “As tecnologias de informação e de comunicação para a protecção e promoção das línguas e da diversidade linguística”, realça o enorme potencial das novas tecnologias para salvaguardar, documentar e promover o uso das línguas maternas.Como sublinha na sua mensagem a Directora Geral da UNESCO, Irina Bokova, “Cada língua representa uma maneira única de compreender, escrever e exprimir a realidade” e o Dia Internacional da Língua Materna é “ a ocasião para reconhecer a sua importância e de se mobilizar a favor do plurilinguismo e da diversidade linguística”.


A Directora Geral da UNESCO acrescentou ainda que “Devemos aproveitar o poder do progresso para proteger as diferentes visões do mundo e promover todas as fontes de conhecimento e as múltiplas formas de expressão”.

 

Para o BD o desenvolvimento das línguas maternas é igualmente um factor de paz e de relacionamento são entre os povos facilitando as trocas económicas e a sociabilidade nas zonas fronteiriças, unindo povos com a mesma identidade cultural mas de países diferentes.


 
O BLOCO DEMOCRÁTICO, BD, constata, com profunda preocupação, que a comemoração do Dia Internacional da Língua Materna, em Angola, não mereceu qualquer atenção e consideração quer do Executivo e dos seus órgãos auxiliares, como o Ministério da Cultura, quer dos Institutos competentes, quer de ONG’s, quer ainda das forças políticas e culturais do País.Para o BD esta indiferença parece exprimir o conformismo de toda a Nação Angolana, ante a incapacidade, incompetência e falta de vontade política que o Executivo Angolano vem recorrentemente revelando ao longo dos seus 35 anos de governação, em deixar morrer as suas línguas maternas (fruto exclusivo do génio angolano) e com elas os demais elementos do património cultural da Nação.

 

O BD considera que é esta indiferença do Executivo e seus órgãos auxiliares em relação as línguas maternas que leva a que muitos angolanos ponham em causa a nacionalidade de muitos dos seus dirigentes. O BD exorta todos os angolanos de boa vontade e suas organizações e instituições a tudo fazermos a fim de assegurarmos a preservação, documentação e promoção do uso das nossas línguas maternas por todo o território Nacional e conclama maiores recursos nacionais para o desenvolvimento das línguas maternas.


LIBERDADE           MODERNIDADE        CIDADANIA