Luanda - O pânico se instalou em todo país. A incerteza de que virá ser Angola depois de 7 de Março é uma incógnita. A verdade é que não será a mesma. Sustento porque:


Fonte: Club-k.net



1. Com ou sem realização da propalada manifestação, o rumo do país será obviamente diferente. Para os governantes o comportamento será outro. Dá para entender que quando o povo quer pode. Por esta razão penso que o executivo prestará maior atenção as inquietações das populações, pobreza extrema, desemprego, sistema de saúde e educação precária, melhoramento da rede de saneamento básico, distribuição equitativa da renda nacional, mais atenção aos quadros nacionais, respeito e observação da Constituição, etc...



Os discursos musculados de alguns círculos ligados ao poder dá entender isto mesmo. Não é por acaso que o país vai observar uma contra-manifestação de apoio ao PR José Eduardo. Uma contra-manifestação que vai acontecer mesmo sem a realização da tão falada manifestação de 7 de Março.



Isto demonstra até certo ponto, a fraqueza do regime que pretende antes da hora medir a pulsação para se saber se realmente tem apoio de alguns seguidores. É de admirar que alguns anónimos mexam com os cordelinhos do M. que até já atropela a Constituição que forjou e aprovou.



Não vou aderir a estas manifestações, porque não me identifico com quem as convocou, apesar de estar de acordo com as causas apontadas. Sou e sempre fui militante do M, embora não partilhar com o estilo da governação, falta de democracia no seio do partido, o fosso entre ricos e pobres e muitos outros males que enfermam a nossa sociedade, resultado de má governação.



Mais também não pactuo com aqueles que querem desenterrar as desgraças vividas antes do advento da paz.



Como disse, que os governantes estão mais interessados a encher os seus bolsos e das suas famílias, e não em resolver os problemas que afligem milhões de angolanos, é uma verdade, que só o cego não vê, e que ninguém pode aceitar.



Mais mergulhar o país no caos para começar outra vez do zero, há que reflectir.


Queiram não ou sim, com outros ou actuais dirigentes da nação, se é mesmo nação, o povo sempre será o sofredor. Dizem que alguns nomes conhecidos já deram as caras e prometem que vão mesmo participar das manifestações. Será que é verdade mesmo estas pessoas estarão lá, ou só querem arrastar multidões, usando da reputação que gozam, para que as pessoas depois sejam reprimida "duramente", conforme palavras de alguns dirigentes no poder?



Meus camaradas antes de lá marcarem as presenças, pensem primeiro.


Sei que nada vem por acaso. Dar a sua vida ingloriamente e deixar os seus entes queridos desamparados não é acto de heroísmo.