Lisboa - O Presidente da República portugesa, Anibal Cavaco Silva participa hoje em Lisboa numa cerimónia evocativa dos 50 anos da rebelião contra os portugueses no norte de Angola, uma iniciativa da Liga dos Combatentes para assinalar o início da guerra colonial. A 15 de Março de 1961, a rebelião dirigida pela União das Populações de Angola (UPA) contra os colonos portugueses no norte de Angola causou centenas de vítimas e provocou o pânico entre a população branca.


Fonte: Lusa



images/stories/politica/jes%20cavaco%20silva%20brinde%20angola%20portugal.jpg"O 15 de março é uma data que marca o início da guerra colonial. Angola foi despertada no dia 15 de março por ações a que temos que chamar ações de terrorismo, que mataram centenas e centenas de habitantes do noroeste de Angola, brancos e negros. É o marco do sacrifício de muita gente, do sacrifício do próprio país que foi lançado numa guerra que durou anos demais", disse à Agência Lusa, Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes.



O programa prevê a realização de uma missa celebrada pelo bispo das Forças Armadas e da Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, no Mosteiro dos Jerónimos, na qual está prevista a presença do ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.



Segue-se uma cerimónia junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, no Forte do Bom Sucesso, em Pedrouços, Lisboa, que contará com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, que irá descerrar uma placa evocativa do início da guerra colonial em Angola.



Uma conferência com a participação do antigo ministro do Ultramar Adriano Moreira e do general António Gonçalves Ribeiro, que após o 25 de Abril 1974 foi responsável pelos desalojados das antigas colónias, na Sociedade de Geografia, encerra o programa.



Para Chito Rodrigues, trata-se de "evocar o esforço da nação portuguesa e das suas forças armadas durante uma guerra que durou treze anos".



"Pretendemos que seja uma partilha de memórias 50 anos depois de acontecimentos que foram drásticos e uma homenagem a todos os vivos, a todos os mortos e a todas as vítimas envolvidas no conflito", disse.