Lisboa – Apareceu morto,   numa aldeia de Miconje, província de Cabinda, o corpo do comandante da Frente Norte da guerrilha da FLEC,  Mauricio Lubota. O mesmo foi encontrado, este domingo,  pelos populares que relatam  terem encontrado o seu corpo cravado de balas e sinais de esfaqueamento, a semelhança do Chefe de Estado Maior, Gabriel “Pirilampo”, assassinado algumas semanas atrás, depois de ter sido raptado  pelo exercito angolano.


Fonte: Club-k.net

Corpo encontrado com sinais de esfaqueamento

Mauricio Lubota, popularmente conhecido por Comandante  “Sabata” foi nos últimos anos,  o comandante militar  da região do Miconje pela guerrilha de Nzita Tiago. Em Agosto de 2010,  após  desentendimento entre o líder Histórico,  Nzita Tiago e o grupo do Vice-Presidente da FLEC,  Alexandre Taty, o mesmo (Mauricio Lubota) revelou-se no primeiro guerrilheiro a se mostrar solidário ao Presidente da resistência cabindesa que acabaria por lhe nomear como o  responsável militar da Zona Norte de Cabinda após a reestruturação das chefias da guerrilha.

 

“Sabata”, era notabilizado como um dos mais destemidos guerrilheiros da nova geração da FLEC. Teria feito parte de uma lista dos comandantes que as autoridades governamentais procuravam aproximar-se a fim de provocar alguma  desintegração na guerrilha. A cerca de três anos atrás, a segurança angolana teria usado, sem sucesso,  um dos seus elementos, Zenga Mambo próximo  do grupo de Bento Bembe, para usar as relações familiares que tem com o malogrado  comandante da FLEC,  a fim de aliciá-lo e integrar as FAA com a patente de general.


O assassinato de Mauricio “Sabata” acontece uma semana depois de o governo angolano ter declarado, em comunicado, guerra contra a FLEC em substituição do dialogo. As autoridades teriam sido criticadas em círculos políticos por terem optado pela Guerra quando três dias antes realizaram uma marcha pela Paz em Angola condenando a guerra em Angola.

 

No Comunicado governamental, as autoridades responsabilizaram a FLEC pelo atraso do desenvolvimento da província de Cabinda e de terem abandonado as negociações que estavam a ter lugar, em local não divulgado. Entretanto, a guerrilha, reagiu dias depois esclarecendo que pretendia negociações com a presença da comunidade internacional, da comunicação social, e  envolvimento de mais rostos da sociedade de Cabinda, e etc,  ao invés de negociações “as escondidas”.

 

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