Descartando qualquer responsabilidade pelo atraso na alocação da verba para suportar a campanha, o funcionário governamental esclareceu que o atraso só pode ser remetido inteiramente aos próprios partidos políticos.

«Nós procedemos o pagamento a onze partidos políticos e estamos neste momento aguardando que os demais partidos no forneçam as sua coordenadas bancárias. Como sabe, recentemente foi implementado o sistema de pagamento em sistema real e isto manda que as operações sejam feitas mediante apresentação do ibanc, vulgo número de identificação bancária. Alguns partidos apresentaram contas bancarias ao invés do ibanc que inviabiliza o tratamento do expediente. Tão logo os demais partidos nos façam chegar nós estaremos em condições de concluir as transferências que faltam.»

Armando Manuel adiantou que os quatro partidos que entregaram a documentação completa na segunda-feira passada, por exemplo, foram atendidos em tempo real, ou seja através de uma transferência electrónica dos fundos.

Entretanto, a Voz da América ouviu alguns partidos políticos que confirmam este dado passado pelo funcionário do Ministério das Finanças à radio Nacional de Angola.

A FNLA, partido que havia mais de dez anos não tinha acesso aos fundos devidos ainda a sua condição de quarta força política mais votada em 1992, parece ter a situação normalizada.

A Voz da América apurou de uma fonte que já receberam o sinal de alocação dos fundos para suporte da campanha eleitoral do partido, estando apenas a superar alguns bloqueios administrativos.

Em relação à conta do partido bloqueada na sequência das querelas internas havidas no seio do partido, a fonte não adiantou qualquer dado, mas garantiu que é uma situação totalmente diferente e que deverá conhecer uma solução brevemente.

O PAJOCA também confirmou a recepção do fundo no segundo dia da campanha política, numa altura em que alguns fornecedores de material de propaganda já haviam bloqueado a entrega desses meios, por alegada falta de pagamento de cinquenta por cento do total da despesa.

Fonte: VOA