Luanda - O comissário Joaquim Ribeiro, antigo Comandante Provincial da Polícia de Luanda, deve começar a ser julgado a partir de Abril de 2011.

 
Fontes: Ecclesia/ RNA

De acordo com o chefe de investigação e acção penal da Procuradoria Geral da República, o comissário é acusado de participação no desvio de 3 milhões e setecentos mil dólares, que haviam sido apreendidos por agentes da divisão de Viana, durante uma busca.

 

Beato Paulo afirmou que os agentes da divisão de Viana apreenderam o dinheiro e uma parte foi encaminhada ao Comissário Joaquim Paulo, sendo que o destino do mesmo é até agora desconhecido.

 

Negou, no entanto, um pronunciamento sobre o processo em curso na procuradoria militar.

 

Disse haver conexão entre os factos que estão a tratados e os que ocorrem na procuradoria militar, porque o oficial superior que foi assassinado na Estrada do Zango, foi uma testemunha muito importante relacionada com o caso do dinheiro.

 

A testemunha já tinha sido ouvida neste processo. Por isso, afirmou, “há conexão entre os dois casos.

 


“Não estou a fazer nenhum julgamento final, mas não é nenhum segredo que há conexão entre um dos oficiais assassinados que é o oficial superior que era testemunha fundamental deste processo”, disse.

 

Disse ainda que os arguidos tiveram tempo para destruir provas e fabricar provas a favor deles, ou determinados documentos por isso o esclarecimento deste caso passará por um trabalho muito aturado.

 

Como exemplo, foi apontado o fabrico de um processo a partir da investigação criminal de Viana, que fazia crer depois da apreensão dos valores que se tratava apenas de um milhão de Kwanzas, quando na verdade tratava-se de três milhões e setecentos mil.

 

“É nossa preocupação esclarecermos este caso, remetermos ao tribunal porque estão arguidos em regime de prisão preventiva e os prazos devem ser cumpridos na íntegra”, frisou.