Huambo - A desgostosa crónica, foi contada por profissionais da educação, que vivem o triste cenário das vias não terraplanadas, (péssimas condições de transitabilidade no interior da província) ligadas a falta de pousadas para os funcionários.


*Israel Samalata
Fonte: Club-k.net


A superstição em alta escala durante o período curricular, nas salas de aulas, tornou-se numa vivência natural. Cargas de chuvas devorando funcionários da Educação, por cima de carrinhas carvoeiras, sem condições aceitáveis de saúde. A privação de condições de transportes para os funcionários nas regiões é um facto. Preocupados com o cenário quando falavam a este semanário, os pedagogos insatisfeitos com o regime, contestaram a incapacidade dos governantes angolanos, por estarem a mergulhar o país num mar de obstáculos e disseram ser urgente a superação de tais dificuldades da classe em geral, por ser uma obrigação dos que governam o país.

 

António kotingu! É o actual administrador e 1º secretário municipal do Mungo. O governante e politico representante de Faustino Muteka governador da província, recebeu ordens superiores da sede provincial do seu governo, com o fim de orientar as autoridades tradicionais, (sobas) no sentido de punir os professores faltosos, nos seus locais de utilidade, (comunas e aldeias do interior da província) uma vez que as condições a que estão postos os profissionais, é deplorável. Contaram.

 

Na região, o facto está a ser lastimado e a indignar os profissionais da Educação, que sentem-se atirados à desgraça. Sem condições mínimas, como a falta de transportes públicos específicos, pousadas para professores e vias péssimas entre outras, os responsáveis das instituições no caso, os directores locais, não comparecem nos seus locais trabalhos. Limitam-se simplesmente a orientar os sobas a controlar os livros de pontos, como se fossem leais a expenção e a balizar as faltas sobre os professores.

 

Este comportamento está a ferir de certo modo os funcionários da Educação no Huambo. Para os vocacionados ao ramo que temos vindo a citar, reprovaram as atitudes que as autoridades angolanas, com particular nesta província têm apresentado como sendo falta de agregado pedagógico, aos demais responsáveis de cargos de direcção, que incumbem missões a revelia.  Para além do Mungo aonde se registam atrocidades no sector, o Bailundo, Kachiungo, Tchikala Tcholohanga e Chikuma, foram também apontados pelos afectados de estarem a passar pelas mesmas situações.

 


Augusto da Silva, é funcionário das profundezas da Tchikala Tcholohanga e reside na sede provincial, por ter intenções de retomar com a sua formação, em declarações ao f8, Da Silva disse que quando o seu veiculo motorizado estiver inabilitado a circulação é obrigado a retirar diariamente das algibeiras, cerca de 8000.00 kzs, valores gastos aos péssimos meios de transportes, considerou. Cálculos feitos por Da Silva, os 45.000.00kzs de salário, esgotam-se na via.

 

O funcionário, despertou-se que, no fundo “somos os mais sacrificados e estamos a ser explorados. Não temos subsídios de deslocamentos, mas nos foram prometidos pela direcção da província”. Para Augusto da Silva, é imperioso que a direcção da Educação explique mensalmente a real distribuição dos dinheiros aos funcionários públicos, pelo facto de não sabermos o norte dos nossos dinheiros. Precisamos que o governador da província Faustino Muteka, vele pela reposição das estradas direccionadas as comunas mais longínquas. E que, se paralise a anarquia das autoridades tradicionais sobre os professores.

 

Refira que, certos profissionais da educação no planalto central, mostraram o seu total aborrecimento referente a ingerência das autoridades tradicionais, nos assuntos que não lhes diz respeito. Recorde que, uma fonte da localidade do Mungo informou que, cerca de 10 professores que concorreram no concurso do ano de 2005, desapareceram do mundo dos vivos, num curto espaço de tempo, por motivos inexplicáveis. A fonte que evitou aparecer “anonimato” disse que, participou nalguns óbitos e apontou os casos como tristes para a sociedade, com particular realce as famílias que perderam os seus entes queridos.