Luanda - As Forças Especiais, ramo especializado do exército nacional (FAA), foram criadas para contrapor a guerra subversiva, desde o limiar da proclamação da Independência na República de Angola, em 11 de Novembro de 1975.
 

Fonte: Angop


A afirmação é do chefe da Direcção de Tropas Especiais, tenente-general António Filomeno Pereira "Meno", por ocasião do 33º aniversário da sua proclamação, assinalado a 5 do corrente.


 
Frisou que ao longo do processo de desenvolvimento, as forças sofreram transformações do ponto de vista de sua estrutura organizacional e formação de quadros, para permitir o seu enquadramento no sistema operacional, capaz de realizar acções militares de acordo com os princípios doutrinários de formação, empenhamento forte e moderno.


 
No entanto, prosseguiu o tenente-general, tais transformações são já insuficientes, impondo-se mesmo modificações profundas, consubstanciadas num tipo e modelo de adstramento adequado aos novos tempos, para possibilitar a aplicação do seu poder de forma inteligente, económica e acima de tudo mais relevante.


 
"As Forças Especiais, ante novas ameaças e riscos, deverão apresentar-se de forma mais diversificada, podendo actuar com eficácia ao nível táctico, operacional e estratégico", advogou o responsável militar.


 
Revelou estar em curso um estudo relativo a reforma da sua estrutura, na perspectiva de garantir-se o seu emprego operacional com oportunidade, eficiência e eficácia, com objectivo permanente de assegurar o êxito nas missões atribuídas e a segurança das forças empregues na sua actuação conjunta e combinada.
 


Para o oficial-general "só desta forma teremos Forças Especiais modernas, cuja actuação satisfaça os compromissos assumidos por Angola no contexto regional e internacional, para continuar a ser instrumento credível da política do Estado angolano.
 


Do ponto de vista da formação dos efectivos referiu ser necessária a adopção de um modelo moderno de referência e mais actuante para conferir as valências necessárias.


 
No concernente ao reequipamento do contingente disse constituir factor de motivação e um imperativo de funcionabilidade no plano interno e externo, com capacidade expedicionária no âmbito da estratégia de actuação regional.
 


"Por isso, não podemos deixar de manifestar a nossa contínua expectativa no quadro da modernização dos equipamentos e a concretização da capacidade aérea e terrestre", sublinhou, o tenente-general Meno.
 

Afirmou, por outro lado, que as Forças Especiais revêem-se na acção dos seus antecessores, patente nos diversos actos de valentia, bravura, coragem e de patriotismo, o que constituem a expressão dos mais profundos valores castrenses, como fundamento da personalidade colectiva.


 
O acto celebrativo, que decorreu na unidade das Forças Especiais, baseada na região de Cabo Ledo, cerca de 120 quilómetros a sul da cidade de Luanda, foi presidido pelo chefe do Estado Maior General adjunto para Área Operacional e Desenvolvimento das FAA, general Jorge Barros "Nguto".