NOTA DE IMPRENSA


A presente nota serve de resposta a carta do Nelo Ponzo dirigida a Club-K em nome do CECA sobre a entrevista do Dr. Justino Pinto de Andrade, Presidente do Bloco Democrático, ao Jornal de Angola. Somos alguns membros da direcção do Congresso de Estudantes e Comunidades Angolanas CECA, que depois de cuidadosamente termos analisado a opinião do nosso companheiro Nelo Ponzo, presidente do CECA, sentimos a necessidade de responder. Respeitamos que ele tem o seu direito de expressar a sua opinião pessoal  sem no entanto que a mesma saia em nome de toda a organização.

 

O CECA e o Bloco Democrático têm um Memorandum de entendimento que norteia as nossas relações de trabalho conjunto na base de completa soberania organizacional. O Memorandum define a não interferência nos assuntos internos de cada organização. Trabalhamos juntos em prol de uma verdadeira Democracia em Angola onde o respeito a pessoa humana, o respeito às liberdades cívicas, protecção social isenta de discriminação por origem étnica, condição física, raça e afiliação partidária e ou religiosa ao contrario das praticas que o nosso povo tem vindo a ser vitima pelo actual sistema autocrático e neocolonial.

 

Acreditamos que Angola vive uma crise institucional muito profunda onde não se tem vindo a formar quadros competentes e suficientes para responder aos desafios actuais. Como parte do CECA temos observado que o actual regime nos habituou à exclusão de quadros formados na diáspora por razões de não pertencerem ao MPLA.

 

O BLOCO DEMOCRATICO é um partido de referencia no actual contexto político de Angola com um conjunto de valores e princípios, assim como uma visão muito mais alargada com intuito de provocar uma viragem político-social profunda. Convém o CECA, que partilha muitos dos estos mesmos valores, analisar bem o seu ponto de vista oficial para não quebrar os laços entre organizações com interesses no bem estar do povo Angolana e em prol duma verdadeira democracia. Ainda precisamos expandir a colaboração com todas as forças vivas afins.

 

Requere se uma profunda e critica analise para compreendamos na integra a realidade política da conjuntura actual de Angola para termos uma clara visão do pais que os nossos heróis acreditaram ter almejado e ter cumprido a sua nobre missão que custou as suas preciosas vidas.  Aquele pais não e essa Angola que temos e que todos nos, o povo angolano, ainda almeja...


Feito em Luanda aos 16 de Maio de 20 11.
OS cossignatários

Miguel Fernandes
Nelson Antonio
Pedro Seke