Benguela -  Nestas ondas de jovens “rebeldes” internautas inconformados com a situação social, política, económica…A maoiria acusada de ser aliciada por forças estranhas e poderosas  para os seus intentos .Derrube do regime à força. São apelidados de detractores, destemidos… Outros estão conformados com tudo. Disse um jovem “vamos deixar como está para ver como estará”.


Fonte: Club-k.net


Muitas perguntas são feitas a mim quase que diariamente, até alguém perguntou-me se eu tinha ligação com os americanos. E conclui jovem corajoso! A multidão disse-me que tinha muita coragem e os mais ofendidos disseram-me que era muito crítico nas minhas análises.Essas reacções lembraram-me a teoria da febre, o corpo todo arder e o ambiente no cobertor caloroso deixam as pessoas perplexas e trémulas. Cobrindo-se ou destapado.

 

A liberdade não é libertinagem, todo mundo sabe!A teoria da febre é exactamente como o poder. Febres intensas e prolongadas deixam o motor da vida avariado, mas em prontidão para permanecer no poder a todo custo . É uma luta interminável muitas vezes não importam os métodos. Como a celebre frase de Maquiavel “os meios justificam os fins”Participo em debates organizados por vários instituições públicas e privadas, o nível é razoável. Entretanto sinto um défice discutível do contraditório, as opiniões adversas muitas vezes traduzem-se em interpretações loucas. Por outro lado “os dos sempre contra e outros do sempre a favor”. A jornalista Suzana Mendes do Jornal angolense na sua comunicação no debate organizado pela Omunga em Benguela sobre o TICs, descreveu sucintamente como poder angolano tem feito pressão sobre a comunicação social e aos jornalistas em particular.

 

Disse a oradora os órgãos públicos são controlados desde a sua nascença, e não há como evitar. Depois foram os jornais privados que são maioritariamente propriedades de pessoas do regime ou suas próximas. Controlam-nos e dançam o seu” Kuduro”, são independentistas! Faltando a internet por isso o poder tenta a tudo custo também tê-lo na mão.   Sendo a Net o último recurso aparentemente não controlado. Tem servido como o meio para desabafar, frustrações, ofensas gratuitas e ao mesmo tempo grande espaço para grandes pensamentos.

 

É escola ao céu aberto. Se órgãos públicos e privados tivessem mais abertura, muitas opiniões valiosas que diariamente lemos na Net, ajudaria a fortalecer a tímida e receosa democracia. Disseram-me que tenho sido crítico ao regime e a pessoa de José Eduardo dos Santos quiçá quando eu disse que Sou o Presidente, Conversei com o Presidente e o Discurso Oficial.


 A Bíblia para discursar em Angola. Na verdade o que não consigo entender são inúmeras interpretações maliciosas que atribuem ao ” escritor” e não à escrita. Felizmente temos um Estado Democrático e Direito em embrião que me permite falar e escrever o que morra na minha memória.Não sinto febre nem tenho consciência pesada. Não sou técnico de saúde mas alerto, se a febre continuar façam análises clínicas ou consultem um especialista.Domingos Chipilica Eduardo em Benguela