O PRD é cada vez mais uma voz do partido da mudança. Mas para disfarçar diz que vai ao encontro das famílias. A Nova Democracia anda a “varrer para a mudança” e a UNITA garante que vem aí a “onda da mudança”. O bloco está desafinado e a FpD, apesar de mandar os eleitores castigar “o partido dos ricos” está com grandes dificuldades para atacar o MPLA pela esquerda. Assim o bloco fica de uma banda só. Justino Pinto de Andrade ainda não se encontrou com o discurso que desperte um átomo de atenção ao eleitorado de esquerda, vá ou não vá em peregrinação à Muxima, oiça ou não oiça o apelo dos bispos ao “voto de qualidade”.

Na televisão, o PADEPA passa uma mensagem esquisita: “libertação antropológica dos autóctones”. Cheira a preconceito. O PDP-ANA anda no mesmo caminho. A FNLA apresentou imagens de Ngola Kabangu avariadas. Foi iluminado ao contrário e só se viam os olhos do dirigente. A AD – Coligação continua no estilo de pregador de igreja. A rosa agora também dá caldo. Venha o caldo de rosas. O PRD melhorou os seus tempos de antena. A UNITA também, mas ainda não chega para sair da segunda divisão. Ontem apresentaram Alcides Sakala no seu posto do Parlamento. Mas alguém falou por cima dele. Isso não se faz a um dirigente nacional, ainda que nada tenha para dizer.

O MPLA deu-nos os campos de milho. O povo a trabalhar nos campos. O Programa de Governo do MPLA garante investimentos na Agricultura, como forma de dar emprego a mais um milhão de angolanos. “Transformar Angola num grande produtor mundial de alimentos”, é compromisso do MPLA. A proposta é simples e sublinhada pelos camponeses que já estão a trabalhar para essa meta. Como disse um jovem camponês, “o MPLA é o único partido que diz que faz e faz mesmo”. Mais um excelente tempo de antena. Se todos tivessem este nível, até dava gosto comentar.

Fonte: Jornal de Angola