Lisboa - As autoridades angolanas tencionam,  extinguir o Ministério da Economia, no quadro de um processo de reformulação governamental  prevista para  breve. Carlos Feijó apontado como o “cabeça pensante” do processo  terá notado não haver necessidade para existência deste corpo  governamental visto que parte das suas competências coincidem  com as de outras estruturas já existentes na organograma do executivo (Finanças, planeamento e coordenação e assessoria econômica da PR).

 

Fonte: Club-k.net

O Ministério da Economia foi criado em Outubro de 2008, logo após as eleições e estava destinado a gerir o planeamento da economia angolana. A missão era conceber, propor e executar medidas que visavam assegurar a coordenação e a consistência entre as políticas macroeconómicas, de natureza conjuntural e as respectivas medidas de política e instrumentos do desenvolvimento sustentável.

 

Na altura, Carlos Feijó que desenhava o quadro,  previa propor ao Chefe do governo a nomeação do  PCA da Sonangol, Manuel Vicente mas acabariam por indicar Manuel Nunes Junior, o Secretario dos assuntos econômicos do MPLA. Em Fevereiro de 2010, à luz da nova Constituição, o executivo fez surgir o Ministério da Coordenação Económica do Estado que daria lugar ao Ministério da Economia, mantendo-se para esta nova estrutura, a tarefa  de orientar as políticas macroeconómicas do estado angolano.

 

Após uma  nova remodelação governamental a 4 Outubro de 2010, o Presidente da República extingue o Ministério da Coordenação Económica e criou  em seu lugar o Ministério da Economia, tendo nomeado para o dirigir Abrahão Pio dos Santos Gourgel.

 

Na altura das ondas de extinção e reformulação do referido ministério, vozes da oposição política da linha do  Bloco Democrático teriam dado a entender que os constantes ajustes por parte das autoridades eram um sinal claro de que teriam criado o Ministério da Economia, sem terem antes feito um estudo para prever se esta estrutura governamental colidia ou não com outras na hierarquia do estado angolano.