Lisboa - Funcionários do gabinete da Vice-Presidência angolana descrevem como “desconfortante” o vinculo de dependência institucional de Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” a Casal Civil da Presidência da Republica.
Fonte: Club-k.net
Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, responde pela a área social (Escolas e Hospitais) porém, o seu gabinete não dispõe de orçamento próprio de execução (apenas fundos de despesas). Quando precisa de verbas ou outros expedientes, a correspondência chega primeiro ao Gabinete do Chefe da Casa Civil, Carlos Feijó e por sua vez este coloca na mesa do PR, conforme procedimento institucional. Embora seja um procedimento “de jure” normal, na pratica, esta a produzir um quadro que coloca o Vice-PR, numa posição de dependência a Carlos Maria Feijó. É também ao chefe da casa civil, a quem os funcionários do Gabinete do Vice-PR dependem quando Fernando dias dos Santos se ausenta do país.
O mais recente ambiente “desconfortante” entre a vice-presidência e a Casa Civil aconteceu na ausência do Presidente da Republica, quando este efectuou a última viagem a Barcelona. Na altura, o gabinete de “Nandó” precisava avançar com um expediente tendo remetido a Casa Civil para disponibilizar verbas. “Nandó” contava ter a resposta no dia seguinte, porém, o gabinete de Carlos Feijó apenas respondeu, ao pedido do Vice-Presidente, cinco dias depois.
Já no passado quando o governo pretendia oferecer uma das vice presidência ao líder rebelde da UNITA, Jonas Savimbi, este recusou após saber que na pratica iria responder a Carlos Feijó que na altura desempenhava o papel de assistente do Presidente José Eduardo dos Santos. Isto é, se o regime pretendesse vender a imagem que Jonas Savimbi fosse “um incompetente”, vetava-lhe as verbas para o seu campo de trabalho e por sua vez o povo lhe reprovaria “por nada ter feito”.