Luanda - O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou hoje em Luanda, que deverão ser construídas no país, nos próximos anos, três grandes barragens hidroeléctricas cujos equipamentos serão de origem alemã.
Fonte: Angop
José Eduardo dos Santos falava numa conferência de imprensa depois de se ter reunido, durante cerca de duas horas, com a chanceler alemã, Angela Merkel, de visita a Angola.
"Este é um volume de comércio que vai ultrapassar um bilião de Euros, onde os empresários alemães terão aí oportunidades a aproveitar", asseverou.
Neste sentido, explicou, "estamos a orientar as empresas que trabalham connosco para importarmos equipamentos do mercado alemão".
Relativamente ao que se propala sobre a má governação o, Presidente disse que só "a faz quem não conheceu Angola antes da independência e quem não segue o percurso desde a proclamação da independência até aos nossos dias".
Reconhece que Angola sempre foi um país pobre apesar das potencialidades que possui e que nunca teve quadros formados para valorizar este potencial.
Neste momento já existem mais quadros e mais experiência de organização administrativa e há programas para se atacar os problemas mais "prementes e mais candentes".
Salientou que o governo tem um vasto programa de desenvolvimento rural e combate à pobreza e que por esta razão os "índices de pobreza tem estado a cair desde que conquistamos a paz em 2002".
No encontro com Angela Merkel, José Eduardo dos Santos disse ter tratado sobre questões conexas atinentes à transferência de "know how" e a formação de quadros qualificados.
"Informei que temos agora uma nova lei de investimentos que vai permitir a superação de algumas dificuldades burocráticas e constrangimentos da anterior lei e dar melhor protecção a novos investimentos", frisou.
No que diz respeito à África, segundo ainda José Eduardo dos Santos, informei que o governo angolano advoga a promoção da paz e da estabilidade e da negociação para a busca de soluções políticas, "lá onde existam diferendos ou conflitos".
