Luanda  – A modernização dos postos consulares, no campo organizativo, aproveitando as novas tecnologias de informação,  foi uma das linhas de orientação para o sector, defendidas hoje, em  Luanda, pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti.

 
Fonte: Angop
 

Georges Chikoti ao discursar na abertura da VII seminário consular,  acrescentou também que estes devem informatizar os seus arquivos  e reforçar a segurança informática dos dados consulares.


 

De acordo com o ministro, as tecnologias permitem aceder rapidamente  aos dados e, desse modo, haver uma maior interacção e célere solução  dos diferentes assuntos a si expostos.

 

Disse igualmente que as tecnologias permitem encurtar o tempo de solução e de entrega dos serviços de forma a satisfazer a população que necessita  dos cuidados destes.
 


Para o ministro, um dos grandes défices na actividade consular é a relação com a comunidade angolana no exterior, no concernente a assistência   e ao apoio consular.

 

O chefe da diplomacia angolana acrescentou que se regista, de uma  maneira geral, pouca ligação com as comunidades, mas há a necessidade  de se mudar esse quadro.

 

Para o governante, os postos consulares devem estreitar, cada vez mais,  a ligação com a comunidade angolana, através do registo e recenseamento  consular, da defesa, assistência e apoio aos cidadãos angolanos detidos  ou presos no exterior, os doentes, bem como outros com dificuldades de  índole diversa.

 
Advogou o reforço dos laços do Estado com os cidadãos que precisam de ajuda do país, bem como fortificar a cidadania angolana.

 

Disse ainda que há a necessidade de se regular a situação migratória de muitos cidadãos angolanos na diáspora junto dos países de acolhimento.

 

“Isso passa, obrigatoriamente, pela regularização dos documentos de identificação, de viagem e outros no âmbito do registo civil. Temos de  buscar formas ágeis de solução e o Ministério das Relações Exteriores  trabalhará, com os do Interior e Justiça, neste sentido”, disse.

 

Georges Chikoti defende reflexão sobre instituição do Estatuto da Carreira Diplomática

 
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, chamou, a atenção para a necessidade de uma reflexão sobre a instituição do Estatuto da Carreira Diplomática.

 

Falando na abertura do VII seminário consular, o chefe da diplomacia angolana realçou esta posição pelo facto de esta actividade ser uma área particular, técnica e polivalente, no sentido de a especializar e profissionaliza-la.

 

Georges Chikoti disse que esta reflexão deve ser sempre no sentido de tentar melhorar os seus serviços, bem como tentar prestar mais atenção a nomeação dos funcionários consulares de maneira a preservar o princípio da continuidade.

 

Acrescentou que o quadro consular deve ser um agente do Estado que saiba aplicar as políticas traçadas pelo Executivo e ter qualidades, devendo ter uma ética profissional condizente com a sua responsabilidade.

 

Defendeu que não se pode permitir que nos quadros do Ministério das Relações Exteriores existam funcionários que ponham em descrédito as politicas do Estado, contribuindo para a ilegalidade e actos que atentam a soberania do pais.

 


Neste sentido, referiu, a selecção e formação dos agentes consulares constantes são importantes para este trabalho.