Brasil -  Habituaram se a fazer a  guerra nas matas contra a UNITA e os Sul Africanos, mas felizmente a guerra acabou e nem por isso a felicidade para os angolanos constitui um fato. Nesse país só a mentira, a estupidez  e a ignorância – assim como a bebedeira-, podem tornar feliz quem é  infeliz,  quem é desestruturado, vagabundo e  delinqüente.  Só a mentira transforma corruptos em grandes lideres ou políticos.  Só mesmo a falta de vergonha torna quadros incompetentes em competentes   que se apresentam  como  solucionadores de problemas, afastando de si  as  responsabilidades  que se lhes deviam imputar, por serem boçais e “desequilibrados mentais”. 

 

Fonte: blogdonelodecarvalho.blogspot.com

 

Não foi o investigador da polícia, apoiado, talvez pelo próprio comandante, que dias atrás apareceu diante da imprensa   fazendo uso de suas convicções de que o problema estava solucionado? Apareceu dizendo que “o mal estava solucionado e que o mal-feitor está às contas com a justiça”. Será que estou enganado?

 

Diante de um problema sério, um palpite que beira a irracionalidade, ao desespero –talvez-,  de querer se mostrar um trabalho inacabado  e imperfeito. Um gesto moribundo, retrato da própria negligência, com que o poder  estatal angolano  dirigido e conduzido pelo “clarividente” José Eduardo dos Santos trata aos cidadãos. Não adianta dizer que este nada tem a ver com o estilo e o jeito com que o Estado – esse Estado caótico e desorganiza- trata ao povo e  ao cidadão civil.

 

Gases tóxicos  introduzidos ou não de forma deliberada nas nossas escolas  - atitude ou não terrorista de quem seja- é  mais  um produto refinado que surge das entranhas de um povo  sofrido,  onde a sua sorte  foi  lançada  na arena da diversão para satisfazer instintos corruptos.  Aquela atitude, venha de onde venha e tenha os autores que tenha, é  o  retrato em terceira dimensão  provocado por um fenômeno holográfico, que de momento a momento projeta  toda a desgraça desse povo: a incompetência, a corrupção e, agora, nos últimos tempos – talvez sempre- a mentira. As três verdadeiras coordenadas de um espaço tridimensional, onde aquele fenômeno se sustenta e é possível. Tudo protagonizado pelos  seus dirigentes, “clarividentes”, “inteligentíssimos” e  “grandes estrátegas”. Hoje um bando de mentirosos!

 

Que vergonha MPLA, a que ponto e nível chegamos!? Hoji Yaenda e Agostinho Neto devem estar se removendo no túmulo; aquele querendo ressuscitar e se perguntando em desespero, por que morri? Este não consegue se conformar  que foi tão enganado e tido por todos como um idiota e imbecil por amar o que era possível: um povo!

 

Quando não são  “os gases tóxicos”, são as nossas crianças morrendo  às  centenas,  semanalmente, nos hospitais do país inteiro, ou, ainda, o uso indevido dos nossos recursos. Que de uma forma ou outra, estes,  ajudariam muito sim a solucionar imensos problemas.  Incluindo o da segurança nacional das populações civis, de dispositivos, métodos  de prevenção, ainda que de forma teórica. Formando quadros capazes e especializados, e que  preparassem o país para tais eventualidades,  em que  o objetivo principal seria lidar com esse tipo de desgraças, naturais, ou  em que  a maldade humana fosse usada como meio desestabilizador de uma nação muito cobiçada por todos ( recalco aqui os estrangeiros, nestes, sim, pode-se recair também as maiores suspeitas).

 

Ou, ainda, se houvesse tradição nesse país de  se confiar no mérito e na competência das pessoas, bilhões de dólares seriam investidos nas mesmas, sim, para se formar quadros competentes. Talvez, entre eles teríamos, sempre, alguém capaz para desvendar  o fenômeno que tem atacado nossas crianças, principalmente, adolescentes do sexo feminino  e precisamente nas escolas. Duas variáveis que dão a  indicação e mostram  o caminho de pesquisa a ser seguido diante do caos que agora se instalou na sociedade e no país inteiro.
 


Com uma terceira variável  a ser descarta  do  modelo de investigação. Se é um gás  tóxico deveria afetar o usuário terrorista, que com certeza não estaria bem equipado para evitar que ele mesmo fosse vítima de tal gás. Por que se assim fosse, esse equipamento ao menos deveria ser levado em uma mochila. Mesmo caótica a vigilância  de nossas escolas, o risco desse malfeitor terrorista ser apanhado seria grande.  Quem poderia ser tão ágil assim? Entrar  numa escola, fazer uso do equipamento  anti gás que tem, infestar o ambiente, e sair logo despercebido, sem provocar nenhum tipo de suspeitas?  Que terrorista, além de ser suicida  e burro, correria esse risco e ao mesmo tempo seria tão eficiente  e enganar toda uma escola?

 

Uma quarta variável  também a ser descartada,  o mesmo fenômeno se espalhou no território nacional. A possibilidade de que seja uma quadrilha de terroristas bem organizada,  querendo destruir o belo trabalho do MPLA e do Camarada Presidente, “que tudo têm feito pelas populações e a nação Angolana”, é extremamente duvidoso. Afinal, essa quadrilha só teria a intenção de atacar a escolas com esses gases? Por que as escolas? E não, por exemplo, o Shopping Belas  que foi construído a bem pouco tempo, porque não os mercados e supermercados, enfim, outros estabelecimentos públicos?


Mas a variável a ser perseguida  e considerada por exaustão é a de que a maioria das vítimas são do sexo femininos? Por quê?

 

Ainda assim, acho que o maior problema nessa história  toda é a falta de um   Plano de Segurança Nacional do Governo de José  Eduardo dos Santos  para defender as populações  de  certos desastres e acontecimentos. Homem caduco no poder, oportunista, ambicioso, cínico e mentiroso, sabe que nunca nenhum dos seus netos ou filhos freqüentaria as escolas  que as milhares de crianças angolanas pobre freqüentam. Mas como “inteligente” que é deveria incluir naquele  Plano, se existisse,  a capacitação de profissionais bem especializados em certas áreas. Que nessas situações viessem ao  público informar com verdade e não enganar e atribuir responsabilidades aos fantasmas que sempre foram usados para justificar as desgraças desta nação. 

 

Depois que o exercito e a polícia angolana deixou de se preocupar com a UNITA e os Kwachas  deveriam também aprender dar proteção as nossas escolas, ao nosso patrimônio público que existe em todo país a fora. E quando digo  patrimônio, não é só as minas de diamantes  privatizadas e os poços de petróleo. Falo de tudo, das nossas Universidades, laboratórios, hospitais, escolas, portos, aeroportos, enfim, aquilo tudo que interessa a nação, civil ou militar.

 

Afinal, não é só o Camarada  Presidente, a família deste   e os seus Generais  que precisam de proteção especial. Todos nesse país precisam de proteção do Estado. Todos precisam proteger e serem protegidos, até e, com certeza, as nossas crianças em suas escolas.

 


Já passou do tempo de as nossas escolas estarem abandonadas, todas elas sem exceção deveriam ter seguranças policiais  durante todo o expediente. Que se faça isso por lei  e obrigação moral e por uma questão de princípios.

 

Não era o MPLA que ao longo desses anos soube mobilizar o povo para fazer a guerra? Usando os lemas e os princípios da chamada Resistência Popular Generalizada. Pois bem, se soube fazer mobilizações desse tipo, deveria saber usar a máquina do Estado para pelo menos dar proteção as nossas escolas. O que não é difícil nem caro diante de tanta gastança desnecessária.

 

Diante da situação assustadora, inexplicável e apavorante, que se ponha o exército e a polícia nas ruas, que militarizem as escolas, mas é preciso encontrar os culpados. É preciso remover e rebuscar tudo que aparente ser suspeitoso, anormal  e perigoso. Isso era coisa que se deveria fazer nos primeiros instantes, alertar a população e anunciar o perigo. Diante dos fatos  – talvez por ignorância e burrice-, houve um silêncio oculto dos principais meios de comunicação público. Quem explica isso?