Namibe - A praga dos desmaios invade escolas das zonas causando clima de repulsa no seio da população, por si já empobrecida e carente de apoios.As comunidades pedem apoio das autoridades de direito na luta contra a febre dos desmaios que assola a região sul de Angola.

 

Fonte: Club-K.net


Os desmaios somam e seguem na província do Namibe. As 23H15 de terça-feira, dia 2 de Agosto do ano em curso, a aldeia escolar de Capangombe, comuna do Munhino, Município da Bibala, localizada no perímetro do quilómetro 17 da estrada 280, igualmente distanciada há 127 quilómetros do Namibe e 60 quilómetros do Lubango, com mais de cem alunos em regime de internato, foi assolada por desmaios, causando pânico no seio dos alunos.

 

Na manhã desta quarta-feira, 3 de Agosto quarenta outras crianças desmaiaram, elevando o número de noventa estudantes desmaiados e prontamente evacuados para o hospital central do Lubango, graças a dinâmica do administrador do Município da Bibala, João Ernesto dos Santos. O administrador até as 18H00 do dia 3 do mês corrente, encontrava na província da Huila, em companhia dos encarregados de educação dos petizes que subiram a Leba para acompanhar o estado critico dos filhos.

 

Na Província do Namibe, os casos de desmaios deram inicio na passada quinta-feira, na escola Gabriel kwanhama com, com cerca de cinquenta casos, segundo o semanário Angolense. Professoras e enfermeiras naquela província sul de Angola, também foram atingidas pela febre dos desmaios. Na manhã desta quarta-feira «3.08», além dos acontecimentos do Capangombe, o Município do Tombwa e escolas do Município do Namibe, foram igualmente fustigados. A escola primeiro de Maio localizada no bairro 5 de Abril foi a mais afectada, enquanto que as 19H10, a escola 4 de fevereiro a contas com os desmaios, Avozinha da turma 5- 5ª classe, foi a primeira estdante a desmaiar na noite desta quarta-feira.

 

Na Huila os desmaios continuam a criar pânico quase que todos os bairros da cidade do Lubango, foram agitados pelo mistério. A polícia proibiu igualmente os órgãos de comunicação publico fazer qualquer referencia dos factos, sob pena de desobediência.

 

As sedes dos Municípios da Jamba, Kuvango «então Vila Artur de Paiva», Quipungo «então Paiva Couceiro», Kaluquembe, Chibia e Caconda, foram igualmente atingidos, deixando a população em apuros. Aumenta o cepticismo quanto a sorte dos visados, tendo em conta a falta de medicamentos e técnicos de saúde com capacidade reconhecida.

 

No Huambo, também os alunos desmaiam todos os dias, o clima de intolerância politica que se instalou na então nova-lisboa, deixa as comunidades sem qualquer  comentário. Os técnicos de saúde nesta província, trabalham a todo o gaz.

 

Enquanto isso, membros da sociedade civil no Huambo, consideram de absurdas, as declarações prestadas pelo segundo comandante-geral em conferencia de imprensa na passada terça-feira no anfiteatro do Ministério do Interior. Se de um lado as autoridades dizem ter detido indivíduos autores dos trágicos acontecimentos nas escolas, por outro lado contradiz-se dizendo que não houve qualquer prova de intoxicação, resultante do resultado das amostras, nos laboratórios de Portugal.

 

«Se de facto as declarações do comissário chefe revela autenticidade, é importante dizer-se que estamos vulnerável em termos de segurança, havendo necessidade de quem de direito enveredar pela reformulação do actual sistema de segurança, porque assim, os cidadãos ficam mais inseguros que no tempo do mono-partidário», reiterou Amândio Joaquim da rede eleitoral do Huambo.


Para muitos, está mais do que provado que durante muitos anos, o estado angolano não investiu no sector de segurança pública, daí os resultados, passado mais de três meses, até hoje não há resultado convincente.

 

Independentemente das opções politicas, religiosas, etnolinguística e cultural, os angolanos manifestam estar mais unidos na luta pela causa comum, combater a onda de terrorismo nas escolas angolanas e devolver a calmia, tranquilidade e segurança da comunidade escolar.