Luanda - O director do Centro de Estudos Estratégicos de Angola, general Cirilo de Sá "Ita", disse hoje, em Luanda, que a nação teve sempre uma grande liderança, apesar dos momentos muito complexos que Angola viveu para a conquista da paz e preservação da soberania.

 
Fonte: Angop

 A trajectória de um exemplo para África

Cirilo de Sá fez esta afirmação quando falava na Mesa redonda sobre "A trajectória de um líder - filho de Angola, exemplo para África", tendo acrescentado que sob liderança de José Eduardo dos Santos conseguiu-se transformar a África Austral, que era uma região de conflito para uma região de paz e prosperidade.

 


Acrescentou, no entanto, que este período percorrido teve muitas etapas, com fases muito dramáticas, principalmente do ponto de vista militar e negocial, quando por vezes pensava-se que estavam perto de chegar a um acordo verificava-se, no dia seguinte, que havia um retrocesso.

 

 

O general referiu ainda que foram vividos "longos períodos negociais, situações de guerra extremamente complexas e difíceis, seja com a África do Sul, até a década de 90, ou com a Unita".

 

Neste contexto, defendeu, muitas das acções e gestos só poderiam ter lugar se houvesse uma pessoa com carácter pacífico e humanista, como o líder angolano, José Eduardo dos Santos, para perdoar e trabalhar no quadro da união entre todos os angolanos.
 


Estadista angolano mostrou-se humanista ao preservar o que restava da UNITA

 

O carácter humanista e de homem de paz do líder angolano, José Eduardo dos Santos, foi sempre evidente, mesmo contra aqueles que tudo faziam para prejudicar os angolanos, sendo exemplo disso a preservação das estruturas e dirigentes da Unita, mesmo após a morte do seu primeiro lider, afirmou hoje, em Luanda, o general Cirilo de Sá "Ita".

 

Cirilo de Sá acrescentou que mal o líder máximo da Unita morre em 2002, o comando militar deu ordens para iniciarem negociações e não aniquilar o que restava das forças dessa  formação política, salvando assim muita gente.

 


Argumentou que acções como estas são bastante difíceis para os militares, sobretudo quando estão a vencer, dai que considerou como sendo possível tal facto quando existe uma capacidade de liderança e comando muito forte.

 


Durante a palestra falou dos períodos que antecederam este momento e da luta travada para que tal fosse possível, com realce para os acordos de Bicesse.

 

Explicou que a conclusão do mesmo foi acelerado, uma vez que a Unita e seus aliados estavam focalizados apenas nas eleições, decorrente também do momento que se vivia no continente.

 


Nesta fase, as FAPLA, de boa fé, quase tinham desaparecido e as FALA, braço militar da Unita, manteve-se quase intacta e ocupava grande parte do território nacional.

 


Apresentou como exemplo, os dados referidos no relatório Foller, no qual se estima que entre 1992 e 1998, a Unita terá tido um rendimento a volta de 3.72 mil milhões de dólares, podendo com isso adquirir meios bélicos modernos para continuar as suas acções.

 

Dai que com grande esforço e sob a liderança de José Eduardo dos Santos, as FAA prepararam a Operação Restauro.

 


O evento, que contou com a presença do vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, foi organizado pelo Comité Provincial  de Luanda do MPLA e contou com a presença de cerca de três mil participantes.