Luanda – O secretário do MPLA para a informação, Rui Falcão, negou  (quinta-feira), em entrevista à Rádio Nacional de Angola, em Luanda, existir qualquer "tabu" nas discussões sobre a eventual sucessão do Presidente José Eduardo dos Santos.


Fonte: Angop


Salientou, a propósito, que quem está nas funções de Chefe de Estado não deixa de ser humano e, em alguma altura o próprio, sentirá necessidade de parar, principalmente, ele que está na política desde os 19 anos.


Remeteu, para mais tarde ou mais cedo, um pronunciamento da direcção do partido, destacando que o próprio Presidente motivou tal discussão no IV congresso do partido, ao dizer que gostaria de ver algumas questões clarificadas até Dezembro, como a lista de candidatos a deputados.


Rui Falcão sublinhou que, se no quadro na Constituição o próprio Presidente da República deriva das listas de deputados, logo deixou a mensagem de que, até Dezembro, a questão da continuidade do exercício na função ou a sua sucessão deveriam ser debatidos pelos órgãos competentes do partido.

 

Disse que a questão ainda não foi aflorada nem pelo Bureau Político, nem pelo Comié Central, que são os órgãos máximos do partido entre dois congressos, e caso venham a fazê-lo será divulgado em comunicado.


Quanto à possibilidade, aventada por certos meios, da ascensão do actual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, ao cargo, foi taxativo: “hoje todos os cenários não passam de conjecturas, mas os 47 membros do Bureau Político são elegíveis”, e, ele, faz parte do grupo.


Disse que o facto de Manuel Vicente ser recorridamente mencionado, pela imprensa, como futuro candidato a Presidente da República é bom para si e sinal de reconhecimento das suas qualidades pela sociedade.
 

Se for indicado deveremos ajudá-lo no exercício da função. Não há tabus. Quando chegar a altura certa vamos informar a sociedade e potenciar quem for indicado para o exercício da função, arvorou ainda.


O MPLA vai se preparar para as próximas eleições com todas as nuances analisadas e com estratégias definidas, asseverou, sublinhando que o seu partido não cria órfãos e que prosseguirá a sua marcha firme, forte e coeso, como até agora.