Huambo -  A UNITA prevê reagir contra a decisão do Governo Provincial de Luanda (GPL) em delimitar os espaços nos quais é permitida a realização de manifestações, soube este portal junto do presidente da bancada parlamentar do "galo negro", Silvestre Gabriel "Samy", a partir do Huambo.


Fonte: Club-k.net



O deputado desmarcou-se, mais uma vez, em responder sobre as possíveis medidas que o seu partido prevê tomar nos próximos dias. "Não vou dizer agora qual será à medida que vamos tomar sobre está questão de estar a determinar áreas de manifestação", disse, acrescentando que "nós não estamos de acordo com isso e não vamos cruzar os braços contra estás medidas tomadas pelo GPL".


Para o líder da bancada parlamentar dos "maninhos", o GPL não tem direito de impedir os luandenses a manifestarem nestes locais, uma vez que o secretariado provincial do partido no poder em Luanda convocou uma manifestação, a favor do seu líder, no próximo dia 24 do corrente, e possivelmente percorrerá as áreas proibidas pelo mesmo.



"O MPLA não tem mais direito que a UNITA ou outro partido qualquer. Eles não são mais do que a lei, muito menos, mais do que outros cidadãos. Temos todos nós, como cidadãos angolanos, os mesmos direitos", salientou Silvestre Samy.



Já sobre as declarações inflamatórias de Bento Bento, Silvestre Samy avançou, calmamente, que o mesmo não passa de uma caixa de ressonância. "Nós já o conhecemos e na devida altura lhe responderemos. Ele não passa de um lambe-botas do Chefe", assegurou.



Outrossim, o nosso entrevistado manifestou-se satisfeito pela decisão do tribunal em absolver o líder da segunda maior organização juvenil do país, Nfuka Muzemba. "Foi muito bom, realmente, ele ter sido absolvido, porque para aquilo que fomos acompanhando durante algumas sessões de julgamento, havia muita contradição por parte da acusação. Tanto, os comandantes que foram para lá prestar declarações, foram mentirosos", afirmou.


O deputado felicitou o ministério público, tal como os juízes, que tiveram que decidir como sentença absolvição daquele grupo de jovens. "Portanto, felicito a justiça que pela primeira vez, realmente, ter decidido tanto com justeza a medida de não condenar o Nfuka e outros", salientou, repudiando as medidas anticívicas dos policiais.



"Caso fosse ao contrario, iríamos fazer recursos ao Tribunal Constitucional. Praticamente, nós não poderíamos ficar de braços cruzados a ver um homem a ser detido de forma inocente", justificou, alegando que os órgãos competentes do executivo têm o dever de indemnizar os cidadãos injustamente acusados. "Estes indivíduos deviam ser ressarcidos, porque quando se prende um cidadão injustamente, tem que houver uma contrapartida", rematou.