O político considera «uma vantagem desnecessária» a utilização de meios do Estado para a promoção da campanha do partido governamental.

«Nenhum meio do Estado devia ser utilizado por nenhum dos partidos nesta fase de campanha política eleitoral. Porque isto chama-se vantagem desnecessária porque outros partidos ficam simplesmente a perder com isso.»

João Kamboela disse nos próximos tempos a deverá haver uma lei que impeça que o presidente da República seja também líder de um partido político. Ele disse que esta atitude do Presidente Eduardo dos Santos põe claramente em vantagem o partido no poder em relação a outros concorrentes às legislativas de 5 de Setembro.

«A maior parte da obras foram programadas para terminarem nesta altura. Obviamente que isto é uma grande vantagem que o MPLA leva em relação aos outros partidos porque tenta confundir as tarefas do Estado com a actividade de um partido político.»

Tal como em 1992, o Presidente da República entrou na campanha do seu partido com a inauguração de vários empreendimentos realizados pelo Governo nas províncias de Benguela, Lunda-Sul e Huambo.

Em todas as suas intervenções Eduardo dos Santos tem estado a pedir os eleitores a votarem no «partido do coração», numa referência implícita ao MPLA.

Fonte: Multipress