Luanda – Está de regresso ao serviço da diplomacia ,  Francisco José da Cruz, quadro angolano que se notabilizou-se  como antigo diplomata nos Estados Unidos ao lado de José Patrício  e  mais tarde como ministro-conselheiro  da embaixada angolana na África do Sul, de onde se retirou   para exercer funções na BP em Luanda..


Fonte: Angop/Club-k.net


 O diplomata que esta a 21 anos nos corredores da política externa angolana,  regressa agora  como embaixador de carreira nas funções de  director do  Gabinete de Estudos e Análises do ministério das Relações Exteriores (Mirex), estrutura criada  no quadro do novo Estatuto Orgânico da instituição,  que permitirá um acompanhamento minucioso de determinadas questões da política externa.

 

Em  declarações à imprensa, Francisco José da Cruz, referiu que  esta estrutura é um serviço técnico de apoio ao ministro, com a função de emitir pareceres e efectuar estudos sobre questões de interesse estratégicos para a diplomacia angolana, quer em termos políticos, quer de cooperação.


Defendeu, por este facto, que este é uma mais-valia na medida em que poderá dar um acompanhamento mais cuidado e atento a determinadas questões internacionais.


Referiu que, com a importância e influência que Angola ganhou com o advento da paz,  ele contribuirá para que o país possa estar à altura de desempenhar o seu papel na arena internacional e poder defender os seus interesses num mundo cada vez mais conturbado.


Acrescentou que actualmente muitas vezes vê-se determinados princípios de jurisdição internacional a serem desafiados por atitudes e comportamentos de determinados países.


Contudo isso, acrescentou Francisco José da Cruz, pretende-se dar uma nova dinâmica ao ministério, fazendo com que este possa cumprir plenamente a sua missão na condução da diplomacia angolana e na defesa dos interesses do país no exterior.


Realçou que, no contexto das nações, Angola está muito bem no aspecto político, na medida em que é o exemplo de um país que vem de uma situação de guerra e soube encontrar a paz e reconciliação nacional.

 

Isto, argumentou, tem permitido partilhar a sua experiência e dado o seu apoio a outros países que estão a passar por fases de crise e de instabilidade, providenciando-lhes o apoio necessário, como o que esta a acontecer com a região dos Grandes Lagos.

 


Do ponto de vista económico, referiu a forma como Angola tem estado a tratar a situação económica, o seu relacionamento com as instituições internacionais, nomeadamente o FMI, corresponde a uma nova estratégia e dinâmica de um país em paz e uma referência para que outros possam também seguir.

 

Disse também que este gabinete vai preocupar-se com as questões de ordem regional, apoiando a diplomacia para uma melhor atenção e tratamento das questões estratégicas que podem reforçar a sua posição como país importante na região e em África.

 

Presenciaram a cerimónia, presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, os secretários de Estado, Exalgina Gâmboa e Rui Mangueira, a Secretária Geral, Cuandina de Carvalho, entre outros altos funcionários do Mirex.