Luanda - O secretário provincial do MPLA em Luanda, Bento Bento, é acusado pela Fundação 27 de Maio de ter levado à morte dois amigos seus da JMPLA de nomes Luciano Lopes Sebastião e Armindo Correia, no decorrer dos tristes acontecimentos aquando do 27 de Maio e 1977, em todo o território nacional, no qual resultou na morte de mais de 80 mil angolanos.


Fonte: Club-k.net

Vai tornar público este sábado

Segundo uma fonte segura daquela organização não governamental, Bento Bento foi pessoalmente à busca das vítimas em suas respectivas residências, no município de Rangel, e levá-los até a cadeia de São Paulo (nos arredores da Cidadela Desportiva) onde terão sido mortos à sangue frio e atirados, com a sua ajuda, numa das valas comuns espalhadas na capital angolana. 


No tanto, a direcção da Fundação 27 de Maio, na pessoa do seu presidente instituidor, confirma a veracidade dos factos e promete apresentar ao público, na devida altura, as progenitoras das vítimas. “Temos aqui conosco as mães desses indivíduos (Luciano e Armindo) que foram levados à força por Bento Bento, segundo conta as senhoras. Na devida altura nós vamos realizar uma conferência de imprensa para publicamente apresentarmo-las”, afiançou o general Silva Mateus.

 

 

Este portal solicitou um encontro com progenitoras das vítimas, mas a direcção da referida instituição garante ser ainda cedo. “Tal como já avancei, na devida altura nós vamos chamar todos os jornalistas nacionais e internacionais, para apresentarmos as senhoras que até hoje procuram saber de Bento Bento, o local onde estão enterrados os seus rebentos para realizarem enterros condignos”, realçou o general. 


Outrossim, a Fundação 27 de Maio poderá, desta vez, tornar público neste sábado (5/11), durante a manifestação, já autorizada pelo Governo Provincial de Luanda, no Largo da Independência, uma lista de 120 nomes dos principais ‘matadores’ dentre eles ministros, deputados, empresários, alguns responsáveis das instituições públicas, generais e comandantes polícias.


A fonte da Fundação 27 de Maio assegura que, desta vez serão anunciados quem matou quem, para que os filhos e familiares dos perecidos possam ajustar pelas mãos próprias as contas com os supostos matadores.
“Já compilamos os nomes dos matadores num panfleto que vamos distribuir durante a manifestação. Neste papel vai constar o nome do matador e das pessoas que foram mortos por ele. Inclusive, anexamos os seus endereços, e números de telemóveis, para que possam a ser facilmente encontrados pelos familiares das vítimas”, assegurou Silva Mateus.


Importa realçar que a Fundação 27 de Maio convocou a partir deste sábado (5/11) uma manifestação “Non Stop”, no Largo da Independência, em Luanda, a fim de reivindicar várias questões, dentre eles: A exigência da abertura do processo sobre 27 de Maio; A entrega das ossadas dos comandantes-generais para o enterro condigno; A viabilização do patenteamento dos ex-militares e a subsequente pensão de reforma; A construção do monumento memorial; A indemnização aos ex-presos políticos; A viabilização da Fundação 27 de Maio como instituição de carácter público, para dotação orçamental e emissão de certidões de óbitos.
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