Falando em conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração do BDA, Paixão Franco, disse que o documento apresentado pela UNITA é falso, pelo facto "do código de numeração e o tipo de linguagem utilizada no texto não serem usuais na instituição".

Segundo Paixão Franco, em finais de Maio do corrente ano, apareceu no BDA um indivíduo, que se identificou como jornalista, alegando ter uma informação documentada, envolvendo a instituição bancária e o MPLA.

Na altura e depois de analisado o referido documento concluiu-se que o mesmo era falso, tendo sido apresentada uma queixa crime à Direcção Nacional de Investigação criminal (DNIC), alegadamente por se estar diante de uma tentativa de extorsão de recursos ao BDA, disse Paixão Franco.

Adiantou que, há duas semanas, houve um acto de acareação entre o secretário executivo do banco e o suposto jornalista, que se havia apresentado com nome falso, em que se confirmou ser a mesma pessoa, acrescentando que o mesmo já se encontra detido.

Segundo Paixão Franco, a sua instituição reitera não ter havido movimentação de recursos dessa natureza, "até porque não compete ao secretário executivo manusear este tipo de valores".

De salientar que, a UNITA pôs a circular, num dos seus tempos de antena, a informação de que o BDA teria depositado um valor de 42 milhões 955 mil e 700 dólares norte-americanos, numa conta do MPLA, domiciliada no Banco de Poupança e Crédito, destinados a apoiar a sua campanha eleitoral.        

Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Paixão Júnior, rejeitou qualquer ligação da sua instituição com uma suposta "orientação a que a UNITA faz referência", quando acusa o BDA de financiar a campanha do MPLA.

Paixão Júnior disse que, as pessoas envolvidas neste processo poderão responder civil e criminalmente, adiantando que o BPC vai processar a UNITA "por ter manchado o bom nome" da instituição.

Fonte: Angop