Lisboa – O antigo responsável da Inteligência da extinta representação da UNITA em Portugal, Estevão José Pedro Kachiungo é até ao momento, a única personalidade apresentada como eventual candidato a liderança do maior partido da oposição, para o XI congresso marcado para o período de 13 a 16 de Dezembro.
Fonte: Club-k.net
Sakala pode avançar no lugar de Samakuva
José Pedro Kachiungo tem sido abordado, desde o mês passado, por quadros do partido que o encorajam a avançar. A base de apoio que mais se manifesta em torno da sua eventual candidatura esta conotada com a juventude do partido acrescida a uma corrente identificada com Abel Chivukuvuku. Rafael Aguiar figura de prestigio da nova geração da UNITA é citado como tendo avaliado pela positiva tal cenário notando em José Pedro Kachiungo, um “futuro promissor".
Embora seja referenciado como “um intelectual”, Pedro Kachiungo é um dos quadros da segunda geração da UNITA cuja importância chegou a ser reconhecida por Jonas Savimbi. Foi mandatário da campanha de Savimbi para a Província de Benguela nas eleições de 1992. Após os confrontos militares em conseqüência dos resultados das primeiras eleições em Angola, o mesmo, retirou-se para o Huambo, onde teria sido nomeado Director Geral do Protocolo e mais tarde escolhido por Savimbi para integrar o GURN como Vice-Ministro das Obras Públicas e Urbanismo (As autoridades terão rejeitado a proposta).
Tem duas licenciaturas. Uma em engenharia na área do Urbanismo e outra no ramo das ciências políticas feita em Portugal, na altura em que fazia parte dos quadros da missão diplomática da UNITA, naquele país como elemento que se dedicava a inteligência.
Na seqüência dos acordos de paz de 2002, regressou ao país e em 2004 chefiou o Secretariado da UNITA em Luanda em substituição de Daniel Domingos Maluca. Presentemente dedica-se a docência na Universidade Lusíada e no Instituto Superior de Ciências Sócias e Relações Internacionais como professor auxiliar.
Para além de José Pedro Kachiungo, o congresso da UNITA, deverá ter como concorrente o actual Presidente do partido, Isaías Samakuva, que concorre a sua sucessão embora há ventilações que apontam para um eventual recuou e no seu lugar avançaria, Alcides Sakala Simões, o Porta-Voz e Secretario das Relações Exteriores do partido.
Abel Chivukuvuku, outro potencial quadro para disputar a liderança mantém-se indefinido quanto ao futuro a si reservado. Quadros próximo ao mesmo invocam que não deverá avançar. Suspeitam que os delegados ao congresso provenientes das províncias cheguem a Luanda “instruidos” quanto a direcção do seu voto. No fim de semana ultimo, uma publicação em Luanda, o Jornal “Continente” apresentou Chivukuvuku na condição de demissionário da UNITA, o que foi rejeitado em meios a si, ligados.
