Luanda - O embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola na Itália, Florêncio de Almeida, constatou sábado, em Bologna, os principais problemas que afligem a comunidade angolana nesta localidade do norte da Itália.


Fonte: Angop

 
Segundo o documento, durante um encontro de auscultação com os responsáveis da Associação de Angolanos Residentes na Itália (AARI), Florêncio de Almeida apelou à comunidade a aproximar-se cada vez mais da embaixada, por ser a "casa de todos nós", onde se encontram espaços de diálogo e de solução de algumas dificuldades enfrentadas.
 


O diplomata, por outro lado, incentivou a associação a se organizar para melhor servir os seus membros, tendo garantido apoio para a criação de uma casa de Angola, onde os mesmos possam estar reunidos para analisarem aspectos ligados à vida socio-económica do país e organizarem actividades recreativas e culturais, por forma a promover os hábitos e costumes de Angola em terras italianas.
 


A AARI, uma associação fundada há mais de uma década, é constituída por cerca de mil membros para um universo de uma comunidade de duas mil pessoas localizadas na região de Lombardia, norte de Itália.
 


Segundo o presidente da associação Futo André, é nesta zona onde os angolanos encontram maior facilidade de emprego, por ser a parcela do território italiano mais industrializado.
 


Para Futo André, a maior parte dos angolanos que vivem no norte da Itália são operários e trabalham em pequenas e médias empresas, enquanto as mulheres dedicam-se em trabalhos domésticos e algumas são estudantes.


 
"Um dos grandes problemas que enfermam os nossos compatriotas em Bologna e não só é o  de obtenção do bilhete de identidade angolano, porque muitos deles nasceram na Itália, e os pais encontram dificuldades financeiras para se deslocar ao país para o efeito.


 
Neste caso, o embaixador Florêncio de Almeida tranquilizou os membros da comunidade, que esforços estão a ser evidenciados para encontrar uma solução em relação à emissão de bilhetes de identidade para os angolanos que nascem neste país.


 
“A capacidade de reconstrução de Angola está a aumentar a cada dia que passa, fruto do empenho do Executivo angolano”, frizou Florêncio de Almeida, para quem o país precisa dos seus quadros que se encontram no exterior por forma a participarem activamente no seu desenvolvimento.


 
Ainda em Bologna, o embaixador vai visitar na próxima segunda-feira o grande complexo industrial do grupo Cremonini, que opera desde 1978, em Angola no sector alimentar.
 

Recorde-se que esta é a primeira visita que o embaixador Florêncio de Almeida efectua junto da comunidade angolana em Itália desde que chegou a Roma em Setembro último.